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Meio Ambiente

Cheia do Rio Paraguai pode agravar situação de Miranda, prevê Embrapa

Ricardo Campos Jr. | 09/01/2018 09:49
Água do Rio Miranda avançando sobre casas (Foto: Amarildo Arguelho)
Água do Rio Miranda avançando sobre casas (Foto: Amarildo Arguelho)

A cheia na bacia do Rio Miranda pode se agravar nos próximos meses, principalmente na zona rural. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) prevê inundações de médio a grande porte a partir de março, quando o nível do Rio Paraguai subir na região em que os dois cursos d'água se encontram.

“No Pantanal do Mato Grosso as chuvas já estão acima da média. Quando essa cheia chegar em Corumbá, o Rio Paraguai extravasa e encontra a região de Miranda toda inundada. Isso é uma situação perigosa que preocupa a gente", explica o pesquisador Carlos Padovani.

Apesar do prognóstico desfavorável à pecuária, ele diz que o órgão ainda não recomendou a retirada do gado, já que é preciso esperar até o fim de janeiro para que as projeções sejam mais precisas.

“Há motivos [contudo] para se preparar para uma cheia de médio a grande porte. O Miranda, ao mesmo tempo que está inundando, está sendo drenado ao chegar no Rio Paraguai, que ainda está com a calha baixa. Mas, quando o Rio Paraguai subir, vai represar o Miranda e isso é preocupante”, explica Padovani.

Tudo indica, conforme o pesquisador, que vai continuar chovendo na região, mas não basta que as tempestades cessem, já que mesmo que o nível do rio baixe, o solo estará encharcado e absorverá menos água no período crítico.

“A cheia no Rio Paraguai começa em Mato Grosso e demora cerca de quatro meses para chegar em Corumbá. Quando ela é grande, chega mais cedo, entre abril e maio. Quando é média, chega por junho e julho. Quando é fraca, chega em agosto. Este ano vai estar de média para grande e o pico deve ser no quinto mês”, completa.

Emergência – Boletim do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) divulgado nesta terça-feira (9) aponta que o nível do Rio Miranda está subindo novamente e atingiu 703 centímetros, o que indica estado de alerta.

A Defesa Civil segue acompanhando de perto a situação de famílias ribeirinhas, para garantir que elas não corram riscos.

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