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Meio Ambiente

Cheia, que começou mais tarde este ano, ainda preocupa fazendeiros

Caroline Maldonado | 16/09/2014 15:31
Estrada Parque ficou três meses alagada (Foto: Divulgação/Agesul)
Estrada Parque ficou três meses alagada (Foto: Divulgação/Agesul)

O nível do Rio Paraguai está baixando aos poucos, mas ainda assim é motivo de preocupação para os produtores das 2,5 mil fazendas da região do Pantanal em Mato Grosso do Sul. Somente na última sexta-feira (12) foi liberado o tráfego na MS-228, a Estrada Parque, no trecho entre o Lampião Aceso e a Curva do Leque, em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. A rodovia, que estava encoberta pela água há mais de três meses, foi liberada quando o nível do rio ficou em 4,38 metros.

Hoje (16), o nível do rio ainda está em 4,33 metros, segundo o Serviço de Sinalização Náutica do Oeste da Marinha do Brasil. As regiões mais alagadas são Nabileque, Jacadigo e Abobral. O gado permanece nas áreas mais altas e os produtores esperam que não chova, já que o pasto que é ocupado já começa a se esgotar. “O Pantanal é assim, basta chover que enche tudo novamente, então é complicado. Nem os pesquisadores têm condições de prever exatamente como vai ser daqui para frente”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite.

Nível do rio se manteve em 5 metros no fim de maio (Foto: Divulgação/Embrapa)
Nível do rio se manteve em 5 metros no fim de maio (Foto: Divulgação/Embrapa)

Segundo Luciano, o cenário é atípico para o mês de setembro, pois o nível do rio já deveria estar mais baixo. O motivo, explica, foi a enchente tardia que deveria ter ocorrido em janeiro, mas só chegou em maio, com as chuvas em Cáceres, no Estado do Mato Grosso.

Realizadas diariamente, as medições do serviço náutico confirmam que o nível do rio subiu bastante no fim de abril, chegando a 5,3 metros no fim de maio e só baixou para 4,5 metros no início de setembro. “Teve três enchentes em Cáceres (no Mato Grosso), mas foi tardio e agora ainda não tem condições de voltar o gado para a parte baixa da planície. O grande problema vai ser se vier chuva logo. Temos que esperar para ver”, contou Luciano.

Ponte - Enquanto o rio não baixa o suficiente, técnicos da concessionária Porto Morrinho esperam para fazer vistoria na abertura de aproximadamente 20 centímetros causada em um pilar da ponte em Corumbá, por um barco empurrador, há três semanas. O trânsito é feito apenas por uma via, com o sistema “pare e siga” e está restrito para veículos de mais de sete eixos, carregados.

Os condutores precisam desacoplar a carga e fazer duas travessias, mas pagam apenas um pedágio. A nova vistoria dos especialistas está prevista para o final de outubro, se o nível do rio permitir, segundo a concessionária.

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