Chuva volta a Corumbá após dois meses e traz alívio parcial ao Rio Paraguai
Temperatura cai para 21ºC e Inmet emite alerta duplo de tempestade para a região

Depois de dois meses de estiagem, voltou a chover em Corumbá, distante 428 quilômetros de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (4), com temperatura em torno de 21ºC, segundo registros por volta das 9h30. A condição deve se manter estável ao longo do dia, conforme previsão meteorológica.
RESUMO
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Após dois meses de seca, a chuva retorna a Corumbá (MS), trazendo alívio parcial para o Rio Paraguai. O nível do rio subiu dois centímetros em Ladário, atingindo 3,30 metros nesta segunda-feira (4). A estiagem prolongada tem impactado os rios de Mato Grosso do Sul, com três afluentes do Paraguai e do Paraná registrando níveis críticos. O Inmet emitiu alertas de tempestade para Corumbá, com previsão de chuva intensa, ventos fortes e possibilidade de granizo. A baixa pluviosidade em julho afetou os rios Piquiri/Cuiabá, Paraguai, Taquari e Dourados. Rios como o Aquidauana, Pardo e Dourados estão abaixo dos níveis de estiagem, aumentando o risco de queimadas no estado.
Com o retorno das chuvas, o Rio Paraguai apresentou leve oscilação na régua de Ladário. Nesta manhã, o nível subiu dois centímetros, atingindo 3,30 metros, após ter recuado para 3,27 m no último dia 1º. Apesar de previsões anteriores indicarem queda acentuada, o rio ainda recebe parte da água que desce das regiões mais altas para a planície.
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O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu dois alertas de tempestade para Corumbá e outras 57 cidades, um amarelo (perigo potencial) e outro laranja (perigo), válidos até amanhã, às 10h. A previsão é de chuva entre 20 e 50 mm (milímetros) no acumulado diário, além de ventos intensos (40 a 60 km/h) e possibilidade de queda de granizo. Há risco de cortes de energia elétrica, alagamentos, estragos em plantações e queda de galhos de árvores.
Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), esse cenário está relacionado ao avanço de uma frente fria, combinada com o intenso transporte de ar quente e úmido. Além disso, o deslocamento de cavados e áreas de baixa pressão atmosférica contribui para a formação de instabilidades.
A estiagem prolongada em Mato Grosso do Sul já impacta diretamente o nível dos rios, conforme mostrou reportagem do Campo Grande News. Segundo o Boletim dos Rios de julho, divulgado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente), três afluentes dos rios Paraguai e Paraná registram níveis compatíveis com estiagem.
Em oito das 14 estações de monitoramento do Estado, não choveu ao longo do mês. Os rios mais afetados são o Piquiri/Cuiabá, o Paraguai, o Taquari e o Dourados. As chuvas ficaram abaixo da média histórica em quase todas as regiões. O maior volume registrado foi de 17,2 mm na estação Estrada MT-738. Na Bacia do Aquidauana/Miranda, a cota média ficou abaixo do limite de estiagem, assim como no Rio Pardo e no Rio Dourados, que apresentaram níveis críticos ao longo de julho.
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