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Meio Ambiente

Com 4 mil hectares derrubados, MS continua líder em destruição de Mata Atlântica

Conforme levantamento, 98,3% dos 4.018 hectares foram desmatados para a implantação de lavouras ou pasto

Lucia Morel | 10/06/2022 16:42
Área do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, onde há área de Mata Atlântica sob preservação. (Foto: Governo de MS)
Área do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, onde há área de Mata Atlântica sob preservação. (Foto: Governo de MS)

Mato Grosso do Sul continua liderando o ranking nacional de desmatamento de Mata Atlântica conforme dados do SAD (Sistema de Alertas de Desmatamento) da Organização Não-governamental SOS Mata Atlântica. O levantamento mais recente, de abril, mostra 4.018 hectares perdidos em todo ano de 2021, sendo 1.314 na cidade de Nioaque, a 179 Km de Campo Grande.

Fonte: SOS Mata Atlântica
Fonte: SOS Mata Atlântica

Publicado a cada dois meses, o SAD detalha que 98,3% dos 4.018 hectares foram desmatados para a implantação de lavouras ou pasto e apenas 1,7% decorreu da expansão urbana. Em todo ano passado, foram 177 alertas emitidos.

“Os desmatamentos em encraves de Mata Atlântica na Bacia de Miranda e Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, têm um tamanho médio de 309 hectares e respondem por 37% da área desmatada. A agropecuária é a causa de desmatamento identificada em 98,3% desses alertas”, cita o documento.

Depois de Nioaque, a cidade de MS que mais desmatou os resquícios de Mata Atlântica foi Bodoquena, com 524 hectares, seguida de Jardim, com 388 hectares.

Vale destacar que o total desmatado entre 2020 e 2021 foi de 1.008 hectares em MS, valor quase quatro vezes menor que os atuais 4.018 hectares. Desde 1985, conforme série histórica do SOS Mata Atlântica, Mato Grosso do Sul já perdeu 53.452 hectares desse bioma.

Atlas da Ong, referente a 2020/2021, mostra que “cinco estados acumulam 89% do desflorestamento verificado: Minas Gerais (9.209 ha), Bahia (4.968 ha), Paraná (3.299 ha), Mato Grosso do Sul (1.008 ha) e Santa Catarina (750 ha)”.

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