Em 2 meses, PMA aplicou mais de 29 milhões em multas por incêndios florestais
Penalidades financeiras foram aplicadas em oito cidades, sendo o maior valor em Angélica
De 1º de agosto a 1º de outubro deste ano, o 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental ultrapassou R$ 29,2 milhões em multas aplicadas por queimadas e incêndios florestais em oito cidades de Mato Grosso do Sul. O levantamento faz parte da Operação Focus e foi divulgado na manhã desta quinta-feira (2).
RESUMO
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A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul aplicou mais de R$ 29,2 milhões em multas por queimadas e incêndios florestais em oito municípios, entre agosto e outubro de 2023. A operação Focus, realizada em parceria com o Instituto de Meio Ambiente, utiliza alertas via satélite para agilizar o combate às ocorrências. Angélica lidera o ranking com R$ 12,1 milhões em multas, seguida por Costa Rica com R$ 7,7 milhões e Nova Alvorada do Sul com R$ 6,1 milhões. A iniciativa tem fortalecido a cooperação entre agências no enfrentamento ao período crítico de queimadas no estado.
A operação é realizada em parceria com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e usa alertas de queimadas emitidos via satélite, garantindo resposta rápida das equipes. Com isso, os policiais chegam aos locais com maior agilidade, o que facilita a responsabilização de quem provoca ou colabora com o fogo.
“Desde o seu início, a operação tem fortalecido a cooperação interagências, agindo de forma organizada para enfrentar o período mais sensível às queimadas”, diz a corporação em nota.
Conforme o balanço, Angélica é a cidade com o maior valor em multas (R$ 12.187.000,00), seguida por Costa Rica (R$ 7.751.000,00), Nova Alvorada do Sul (R$ 6.178.000,00), Bataguassu (R$ 2.362.000,00), Paranaíba (R$ 568.981,00), Paraíso das Águas (R$ 90 mil) e Ribas do Rio Pardo (R$ 75 mil), enquanto Dourados registrou o menor valor (R$ 3 mil).
Um dos casos registrados foi o incêndio na colheita de cana-de-açúcar em uma fazenda na cidade de Angélica, a 272 quilômetros de Campo Grande, no dia 25 de setembro. Ao todo, foram destruídos 1.463,891 hectares, sendo 62,605 deles de vegetação nativa.
O proprietário da fazenda foi multado em R$ 4,8 milhões. A penalidade financeira foi aplicada com base no Decreto federal nº 6.514/2008, que prevê R$ 3 mil por hectare queimado de área agropastoril e R$ 10 mil por hectare de vegetação nativa, totalizando R$ 4.836.000,00.