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Meio Ambiente

Falta de manutenção tira beleza de parque ecológico e coloca animais em risco

Bruno Chaves e Filipe Prado | 07/03/2014 15:29
Para população, cercas sem proteção tiram beleza e colocam animais em risco (Foto: Marcos Ermínio)
Para população, cercas sem proteção tiram beleza e colocam animais em risco (Foto: Marcos Ermínio)

O Parque Estadual do Prosa, que fica na região do Parque dos Poderes, em Campo Grande, possuiu 135 hectares de reserva ecológica e é um importante ponto turístico sul-mato-grossense. No entanto, a falta de cuidados básicos, muitas vezes esquecidos, tira a beleza do local e prejudica até a integridade física de animais silvestres, como quatis, pacas e tamanduás.

A explicação é fácil: cercas derrubadas em diversos pontos do parque facilitam a entrada e saída de animais, além da poluição. Há mais de uma semana, uma cerca tombada no cruzamento das avenidas Afonso Pena e do Poeta, por exemplo, chama a atenção de quem passa pelo lugar.

Para muitas pessoas, o desleixo facilita o atropelamento dos bichos. “A principal questão é por conta dos quatis e pacas, que são os que mais têm nesse local. Também tem a questão do CRAS (Centro de Reabilitação de Animal Silvestre). Vai que alguma onça escapa de novo e não tem a cerca de proteção”, comenta o empresário André Luiz Lopes, 27 anos.

Ele afirma que acidentes automobilísticos são os responsáveis pelos estragos. “Essa semana mesmo teve um e parte da cerca foi arrancada. Na quarta-feira vieram e colocaram as bases, mas se esqueceram dos fios”, lembra.

A reportagem constatou pelo menos outros três pontos onde as cerca estão tombadas. Em alguns locais, a mata ultrapassa o tamanho da proteção. A auxiliar de limpeza Idenair de Souza, 49, lembra que as divisórias são importantes e necessárias para a preservação das espécies.

Auxiliar de limpeza acredita que cercas podem preservar os animais silvestres (Foto: Marcos Ermínio)
Auxiliar de limpeza acredita que cercas podem preservar os animais silvestres (Foto: Marcos Ermínio)

“Têm que ser consertadas o quanto antes. Porque além de ter os animais mais comuns, como os quatis, têm outros bichos”, opinou. Já o pedreiro Vicente Dias, 26, reforça o pedido lembrando que os arames resguardam, também, a população. “Além de proteger, também deixa o lugar mais bonito e preservado”, diz.

A reportagem entrou em contato com a Semac (Secretário de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia), responsável pela manutenção do Parque Estadual do Prosa, mas até o fechamento desta matéria, não recebeu uma posição sobre os cuidados com as cercas e animais.

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