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Meio Ambiente

Ipês rosas colorem cidade e se você quer plantar um tem que agir rápido

Mariana Lopes | 18/06/2014 09:35
Na avenida Costa e Silva, seis pés de ipês rosas enfeitam o canteiro central (Foto: Marcos Ermínio)
Na avenida Costa e Silva, seis pés de ipês rosas enfeitam o canteiro central (Foto: Marcos Ermínio)
Ipês no viaduto das avenidas Ernesto Geisel com a Mascarenhas de Moraes (Foto: Marcos Ermínio)
Ipês no viaduto das avenidas Ernesto Geisel com a Mascarenhas de Moraes (Foto: Marcos Ermínio)

Chegou aquela época do ano em que a florada do ipê rosa encanta os olhos de quem passa pelas ruas em Campo Grande. De terrenos baldios a canteiros centrais de largas avenidas da cidade, a árvore símbolo da Capital Morena é a atração neste meado de junho. Se você pretende ter um casa, tem que pensar e agir rápido, orienta o biólogo Paulo Robson de Souza. “Tem que colher a semente e plantá-la rápido, pois ela perde a fertilidade se demorar muito”, explica. A semente está dentro das flores e deve ser retirada assim que elas começam a secar.

Outra peculiaridade do ipê é que as sementes têm uma espécie de pele fina nas laterais que facilitam o vento carregá-las. “É a perfeição da natureza, porque as árvores de ipê perdem força se estiverem plantadas muito próximas uma das outras”, observa o biólogo.

O ipê rosa costuma florir em meados de junho, enquanto os amarelos e brancos por volta dos meses de agosto e setembro. “A florada do rosa é nesta época do ano que a exposição do sol é mais curta e as noites são mais longas”, destaca Paulo Robson.

Ipê rosa da avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Ipê rosa da avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)

Neste período do ano, de dias mais curtos e noites mais longas, as folhas do ipê rosa dão lugar às flores. Mas para ver o desabrochar da natureza, o campo-grandense tem de estar atento, pois a florada dura apenas uma semana e acontece uma vez por ano.

Entre o vai-e-vem de carros na avenida Costa e Silva e o entre-e-sai de clientes na loja de variedades, o empresário Gilberto Cardoso, 66 anos, se sente privilegiado por ter seis pés de ipês rosa bem em frente ao seu comércio. A vista, segundo ele, garante a trégua na rotina de funcionários e clientes do estabelecimento.

“Esses dias, recebi um casal de cliente de Cuiabá aqui na loja, eles ficaram encantados com as flores dos ipês, tiraram fotos”, conta o empresário. Mesmo acostumado com as flores rosas, ele não se cansa de admirar. “Não há como negar, é uma beleza ímpar”, ressalta Gilberto.

Ipê totalmente florido forma tapete rosa no chão, umas das imagens que mais marcam a época de florada. (Foto: Lucimar Couto)
Ipê totalmente florido forma tapete rosa no chão, umas das imagens que mais marcam a época de florada. (Foto: Lucimar Couto)

Quem também tem uma vista privilegiada de pés de ipês é a bacharel em Direito Ana Carolina Martins, 26 anos. Ela mora em um prédio na avenida Afonso Pena com a rua Pedro Celestino, no Centro de Campo Grande. Do alto do 8º andar, a jovem diz que costuma contemplar a florada das árvores.

“Não sei qual é a época que o ipê rosa dá flores, mas é impossível não perceber quando está florido, é um rosa lindo em meio ao tanto de verde”, observa Ana Carolina.

Mesmo encantado com a beleza das flores dos ipês, o auxiliar financeiro Maykon Amaral da Silva, 23 anos, acha que para honrar o título de Capital dos Ipês, Campo Grande ainda precisa investir em mais árvores da espécie.

“Eu vejo só em alguns pontos da cidade, acho que deveria ter ipês espalhados por todos os cantos. Se tivesse mais, daí sim mereceria o título, além de deixar as ruas mais bonitas”, pontua Maykon.

 

O contraste entre o colorido do ipê e o céu azul de Campo Grande.(Foto:Marcos Ermínio)
O contraste entre o colorido do ipê e o céu azul de Campo Grande.(Foto:Marcos Ermínio)
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