Junho será de clima seco em Mato Grosso do Sul, aponta Inmet
Volume de chuvas deve ficar abaixo da média; cenário favorece colheita de milho e trigo no Estado
A previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para o mês de junho aponta um cenário de chuvas abaixo da média em Mato Grosso do Sul, acompanhando a tendência de clima mais seco em boa parte da Região Centro-Oeste. De acordo com o órgão, o volume de precipitações no Estado deve variar entre 30 mm e 80 mm no mês, com tendência de ficar até mesmo abaixo dessa faixa.
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Conforme o boletim divulgado pelo Inmet, esse comportamento climático é típico do período de transição para a estação seca na região. A previsão indica ainda que podem ocorrer vários dias consecutivos sem registro de chuvas, o que é considerado normal para esta época do ano.
Apesar da redução nas precipitações, o cenário não deve representar impactos negativos para a agricultura sul-mato-grossense. Ao contrário, as condições são consideradas favoráveis para a maturação e a colheita das principais culturas da estação, como o milho segunda safra e o trigo, especialmente no sul do Estado.
Segundo o Inmet, a redução das chuvas em junho também pode ajudar produtores que enfrentaram excesso de umidade nos meses anteriores. Com o tempo mais firme, há expectativa de melhor desempenho na colheita, reduzindo perdas e permitindo uma logística mais eficiente para o escoamento da produção.
No Centro-Oeste como um todo, os baixos volumes de chuva devem beneficiar ainda culturas como a cana-de-açúcar e o café, que se encontram em estágio de maturação, especialmente em estados como Goiás, Mato Grosso e parte de Minas Gerais.
Outras regiões - Enquanto Mato Grosso do Sul enfrenta um mês mais seco, outras regiões do país devem ter comportamento climático diferente. O norte e o leste do Nordeste, por exemplo, podem registrar chuvas acima da média, com acumulados que ultrapassam os 80 mm, beneficiando culturas como o milho e o feijão na região conhecida como Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia).
Já na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o alerta é para redução das chuvas, o que pode afetar negativamente o milho segunda safra, sobretudo durante a fase de floração, etapa que exige maior disponibilidade hídrica.
No Sul do país, o Rio Grande do Sul aparece como exceção, com previsão de chuvas acima da média, podendo ultrapassar os 140 mm. Em contrapartida, Paraná e Santa Catarina também devem enfrentar um mês com precipitações abaixo da média, favorecendo a colheita de feijão e das lavouras de primeira safra.
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