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Meio Ambiente

MS está anos à frente em sustentabilidade, diz Longen

Presidente da Fiems cita meta de carbono neutro e diz que MS será representado na COP30

Por Maristela Brunetto | 30/05/2025 19:29
MS está anos à frente em sustentabilidade, diz Longen
Presidente da Fiems considera que evento em Bonito ajudou a divulgar as ações desenvolvidas em MS (Foto: Divulgação Lide)

Mato Grosso do Sul está alguns à frente dos demais em políticas para neutralizar emissões de carbono, com meta de zerar até 2030, com projetos iniciados há cerca de uma década, lembrou esta tarde o presidente da Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, um dos anfitriões do Fórum Lide Cop30, realizado hoje em Bonito. Com o tema sustentabilidade no centro das discussões, envolvendo empresários do setor industrial, prestadores de serviços públicos e políticos, foram apresentadas medidas que seguem a lógica do equilíbrio entre produção e preservação.

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Mato Grosso do Sul se destaca nacionalmente em políticas de sustentabilidade, com metas ambiciosas para neutralizar emissões de carbono até 2030. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou durante o Fórum Lide Cop30, realizado em Bonito, que o Estado iniciou projetos há uma década, posicionando-se à frente de outros na busca por equilíbrio entre produção e preservação. Medidas como a rastreabilidade bovina, a substituição de pastagens degradadas por eucalipto e o pagamento por serviços ambientais foram apresentadas como exemplos de inovação.O Estado também avança na produção de combustíveis renováveis e energia a partir de resíduos industriais, além de buscar valorizar a preservação do Pantanal. A Fiems e o governo anunciaram um programa para apoiar pequenas e médias indústrias em práticas sustentáveis. Essas iniciativas serão destacadas na COP30, reforçando o papel de Mato Grosso do Sul como referência em desenvolvimento sustentável.

“Nós temos hoje a convicção que o trabalho está sendo bem feito. Veja aqui, porque é que nenhum outro Estado levanta uma bandeira, por exemplo, de zero carbono em 2030? Porque é impossível em 2025 construir zero carbono em 5 anos. Então os projetos de neutralização de carbono em 2030, que o Estado vai conseguir chancelar, eles se iniciaram há 10 anos atrás”, analisou Longen, citando que aqueles que ainda se dedicarem à neutralização, precisarão de 10, 15 anos, para sentirem os resultados.   “O Estado está uns anos à frente dos demais. Exatamente por isso que no grande projeto de neutralização de carbono, o Estado do Mato Grosso Sul, com certeza, será o primeiro Estado a levantar a bandeira de zero carbono.”

O empresário apontou que para além dos benefícios ambientais, essa conquista é um ativo que valoriza o Estado. “Pra quê isso serve? A valorização do ambiente, né? Ambiente de negócios, produtos com zero carbono, sustentabilidade sendo colocada em cima da mesa, então isso tudo faz parte desse Estado que a gente está construindo.” Ele explicou que a Fiems participará da COP, que deve reunir cerca de 50 mil pessoas do mundo todo por 12 dias em Belém e falará das iniciativas de Mato Grosso do Sul.

O governador paraense, Hélder Barbalho, foi um dos participantes do evento. Ele citou avanços nos setores produtivos de Mato Grosso do Sul, apontando como um ainda a ser adotado lá a plena rastreabilidade de bovinos, para saber a origem da carne comercializada e sua cadeia de produção.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, comentou, inclusive, que as mudanças na pecuária de Mato Grosso do Sul devem ser um dos exemplos que serão apresentados pelo Estado na Cop 30. Ele argumentou que foi possível substituir pastagens degradadas por áreas de plantio de eucalipto e apostar em criação intensiva, sendo uma atividade de baixo carbono, com retirada de cinco milhões de hectares, manutenção do rebanho e aceleração do abate em 17 meses, o que chamou de “revolução silenciosa”.

Outro ponto destacado pelo secretário é o pagamento por serviços ambientais, criado na Lei do Pantanal, que remunerará produtores rurais do Bioma que deixarem de retirar vegetação para uso da terra, valorizando a preservação. O Estado também tem se destacado na produção de combustíveis renováveis e energia a partir de resíduos de outras atividades industriais, como a madeira da celulose e bagaço da produção do combustível.

Longen também citou a relevância de mostrar a preservação do Pantanal, destacando o ativo assim como ocorre com a Floresta Amazônica, que recebe auxílio internacional por meio de fundo específico para preservação. A comercialização de créditos de carbono, mercado ainda novo, a ser regulamentado e ampliado, foi lembrado em vários momentos, o que também deve ser destacado na COP 30, com os debates em torno de investimentos de países desenvolvimentos em preservação em países em desenvolvimento, com a remuneração pela preservação por quem polui.

MS está anos à frente em sustentabilidade, diz Longen
Longen: Fiems e Governo ajudarão pequenas e médias indústrias a avançar em sustentabilidade

A Fiems e Governo anunciaram que criarão um programa de apoio a pequenas e médias indústrias para que entrem nesse setor e também em outras ações de sustentabilidade e ESG. Longen considerou que o evento realizado em Bonito, trazendo pessoas de outros estados para o principal destino turístico do Estado, e que teve reconhecido o status de carbono neutro, contribuiu para dar mais projeção a MS e chancelar políticas adotadas aqui para serem destacadas na COP30. “Eu entendo que este evento hoje está do tamanho do Mato Grosso do Sul. É um estado pujante, é um estado propositivo e é um estado que está inserido hoje nos grandes projetos nacionais e internacionais de produção.”

Um dos vice-presidentes da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Dan Ioschpe, disse que os caminhos para a preservação já são conhecidos, como na pecuária, mas sempre podem ser considerados novos mecanismos. Ele considerou que na COP30 será possível o conhecimento de novas tecnologias para acelerar as ações de controle das mudanças climáticas, incluindo mais agentes nos debates sobre o tema. Ele lembrou que o único caminho de desenvolvimento econômico é o sustentável.

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