ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
OUTUBRO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 27º

Meio Ambiente

Na reta final, programa que paga por preservação ainda busca interessados

As inscrições para o PSA, que remunera por serviços ambientais, encerram no dia 15.

Por Maristela Brunetto | 10/10/2025 10:59
Na reta final, programa que paga por preservação ainda busca interessados
Proprietários rurais da região do Pantanal têm até 15 para inscrição em programa que pagará pela preservação (Foto: Arquivo/ Imasul)

Já na reta final para o prazo de inscrição no primeiro edital do PSA (Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais) Bioma Pantanal, que se encerra no dia 15, próxima quarta-feira, os organizadores ainda buscam proprietários rurais interessados em receber remuneração pela preservação da natureza. As inscrições são feitas pela internet, e a avaliação da documentação dos candidatos caberá à FUNAR (Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural), entidade ligada à Famasul, selecionada para ser a executora do programa.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) Bioma Pantanal encerra as inscrições no dia 15 de novembro. A iniciativa, que conta com R$ 30 milhões em fundos, busca remunerar proprietários rurais pela preservação ambiental, oferecendo R$ 55,47 por hectare adicional protegido, com limite de R$ 100 mil por propriedade. O programa, previsto na Lei do Pantanal, abrange nove municípios sul-mato-grossenses e é gerido pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar). Para participar, os interessados devem possuir Cadastro Ambiental Rural (CAR), estar em situação regular com órgãos públicos e sem pendências ambientais nos últimos três anos.

Previsto na Lei do Pantanal, sancionada no final do ano passado, o PSA conta com R$ 30 milhões no fundo para remuneração neste ano e receberá mais aportes e doações. O Governo do Estado publicou esta semana um termo de colaboração com a entidade no valor de R$ 32.998.646,94. A diferença do valor do fundo vai para a gestão do programa.

As inscrições de interessados são feitas na plataforma Prosas, também utilizada para concursos, mas a Funar já montou equipe com técnicos que tiram as dúvidas de interessados e depois farão a avaliação documental e técnica. Diante da necessidade de alcançar mais candidatos à remuneração e ajudar na elaboração dos pedidos, o governo estendeu o prazo em duas ocasiões. Ainda há muita procura por informações e até um tutorial foi elaborado para facilitar a inscrição.

Quem coordena o trabalho é o engenheiro agrônomo Ricardo Rits. Ele é sul-mato-grossense, morava fora e voltou ao Estado para o projeto. Conforme Rits, muitos profissionais se interessaram pela iniciativa, por considerá-la inovadora.

O programa abriu três vagas para profissionais para análise de imagens do bioma, incluídas na inscrição dos interessados, para considerar se há enquadramento da vegetação, e cerca de 300 se interessaram. Conforme o agrônomo, a seleção priorizou quem conhece o Pantanal, diante das particularidades da vegetação. Há ainda outras quatro pessoas para ajudar na gestão do programa. O plano do governo é que toda a análise esteja concluída até o começo de dezembro para o início dos repasses.

O programa prevê remuneração para quem preserva além do percentual obrigatório, ou seja, da reserva legal, ou desiste de usar licença para desmatamento. O edital informa que haverá uma análise especial em relação a propriedades atingidas por incêndios florestais. Não há tamanho mínimo para propriedades serem inscritas.

O programa não irá beneficiar somente áreas maiores. O critério básico é ser propriedade com CAR (Cadastro Ambiental Rural) e estar na área delimitada, composta pelas seguintes cidades: Aquidauana, Bodoquena, Corumbá, Coxim, Ladário, Miranda, Porto Murtinho, Rio Verde de Mato Grosso e Sonora. Os sindicatos rurais dessas cidades foram mobilizados para ajudar a divulgar a iniciativa. Há estimativa de 3,5 mil CARs de imóveis rurais na região.

Como funcionará - A ideia do programa é remunerar em R$ 55,47 ao ano por hectare adicional de proteção da biodiversidade e na manutenção de ecossistemas florestais, savânicos e campestres no bioma Pantanal. O limite será de até R$ 100 mil por propriedade ou R$ 300 mil por grupo econômico. Para quem desistir de desmatar área já autorizada a regra será a seguinte: para 1–30 ha, paga-se R$ 15 mil; para 31–100 ha, R$ 30 mil; e, acima de 100 ha, um valor fixo de R$ 30 mil + valor proporcional por hectare que exceder.

Podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas que estejam regulares com a documentação, sem dívidas com o poder público, sem pendências trabalhistas e que não tenham sofrido punição ou embargo por problemas ambientais nos últimos três anos. O Governo dará prioridade àqueles que desistirem de desmatar e àqueles não recebem benefícios de algum programa de incentivo estadual.

Os canais de informação são o email psapantanal@funar.org.br e WhatsApp 67-3320.9759. Já o edital se encontra no site Prosas.