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Meio Ambiente

Na véspera de dias mais quentes da semana, médicos alertam sobre cuidados

Por Ângela Kempfer | 23/12/2025 11:33
Na véspera de dias mais quentes da semana, médicos alertam sobre cuidados
Sol alto na manhã de Campo Grande (Foto: Arquivo)

O verão começou já sob influência de uma onda de calor que afeta diretamente o Estado, que naõ está sozinho nesse quesito. Como o calorão é nacional, a Sociedade Brasileira de Cardiologia emitiu alerta sobre cuidados a serem tomados.

RESUMO

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A Sociedade Brasileira de Cardiologia emitiu alerta sobre cuidados durante a onda de calor que afeta Mato Grosso do Sul e outras regiões do país. Os dias mais críticos estão previstos para quarta e quinta-feira, com sensação térmica superior a 40ºC, segundo o INMET.Idosos acima de 65 anos, crianças até dois anos, gestantes e pessoas com doenças cardiovasculares compõem o grupo de risco. As principais recomendações incluem manter hidratação constante, usar roupas leves e evitar atividades físicas intensas nos horários mais quentes. Sintomas como tontura, desmaio e convulsões exigem atendimento médico imediato.

Em Mato Grosso do Sul, os dias mais críticos da onda de calor estão concentrados entre quarta-feira (24), véspera de Natal, e quinta-feira (25), quando os termômetros sobem em diversas regiões do Estado, com sensação de mais de 40ºC, prevê o INMET.

Por que o calor exige atenção

A temperatura normal do corpo humano varia entre 35,5°C e 37,5°C. Em dias de calor intenso, o organismo tenta evitar o aumento da temperatura interna por meio da transpiração e da vasodilatação, mecanismos que ajudam a dissipar o calor.

Segundo diretrizes da SBC, esse esforço contínuo pode levar à desidratação, queda da pressão arterial e aumento do estresse sobre o sistema cardiovascular. O risco cresce quando o calor se prolonga por vários dias, sem alívio noturno, como ocorre nesta onda.

Os primeiros sinais de sobrecarga térmica incluem dor de cabeça, náusea, câimbras, tontura, fraqueza, sede intensa e taquicardia. Se a temperatura corporal ultrapassa 39°C, o quadro pode evoluir para insolação, situação em que o corpo perde a capacidade de autorregular o calor. Nesses casos, podem ocorrer confusão mental, desmaios, convulsões e outras complicações graves, que exigem atendimento médico imediato.

Quem precisa redobrar os cuidados

As orientações da SBC apontam que idosos acima de 65 anos e crianças de até dois anos são os mais sensíveis ao calor e à desidratação, principalmente pela menor percepção da sede ou maior dificuldade de acesso à água. Gestantes e pessoas com doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo 2 também fazem parte do grupo de risco.

Trabalhadores expostos ao sol por longos períodos, pessoas em ambientes pouco ventilados e indivíduos socialmente isolados tendem a sofrer impactos mais intensos durante ondas de calor prolongadas.

O que fazer na prática

Entre as principais orientações da Sociedade Brasileira de Cardiologia estão manter hidratação constante, mesmo sem sentir sede, e evitar bebidas alcoólicas ou com alto teor de açúcar, que favorecem a desidratação. O uso de roupas leves, a preferência por alimentos frescos e a redução de atividades físicas intensas nos horários mais quentes do dia ajudam a diminuir o estresse térmico.

Também é recomendado buscar ambientes mais frescos, usar água fria para se refrescar, tomar banhos frios ou fazer compressas geladas. Em caso de tontura ou fraqueza, a orientação é sentar ou deitar imediatamente. Sintomas como desmaio, vômitos persistentes ou convulsões indicam um quadro mais grave e exigem atendimento médico

Calor persistente e chuvas irregulares

De acordo com o Inmet, o bloqueio atmosférico mantém o predomínio do calor em Mato Grosso do Sul, embora pancadas isoladas de chuva ainda possam ocorrer. Essas precipitações tendem a ser mal distribuídas e insuficientes para amenizar o calor de forma duradoura.

A combinação de temperaturas elevadas, noites quentes e chuvas irregulares reforça um início de verão marcado por extremos térmicos.