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Meio Ambiente

No total, 7 serpentes e 5 tarântulas já foram entregues ao Cras em uma semana

Animais eram criados sem autorização ambiental e entrega voluntária evita punição e aplicação de multa

Silvia Frias | 14/08/2020 11:40
Cobra Píton, de presa afiada, mas, sem veneno (Foto/Divulgação: Cras)
Cobra Píton, de presa afiada, mas, sem veneno (Foto/Divulgação: Cras)

O bote da cobra naja no acadêmico de Medicina de Brasília, hoje, acusado por tráfico de animais, continua a ter efeitos. Desde o episódio, em pouco mais de uma semana, o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande recebeu sete serpentes e cinco tarântulas criadas irregularmente em cativeiro, sem autorização ambiental.

Com a entrega voluntária o infrator escapa de investigação pela criação irregular ou por envolvimento no tráfico de animais silvestres e pagamento de multa. As "doações" aconteceram no período de 31 de julho a 6 de agosto.

Tarântula também foi deixada no Cras (Foto/Divulgação)
Tarântula também foi deixada no Cras (Foto/Divulgação)

Das serpentes entregues por criadores ao Cras, cinco eram da espécie Corn Snake, a “cobra-do-milho”, encontrada na fauna norte-americana, cobiçada pelos traficantes de animais por ser colorida e não peçonhenta. Outras duas eram da espécie Píton, também sem veneno e coloridas.

A coordenadora do Cras, Aline Duarte explica que os animais passaram por exame clínico e foram encaminhadas ao biotério da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), onde são encaminhadas as cobras entregues ao centro.

O Cras pode receber os animais de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h.

A assessoria da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) informa que é possível criar animais silvestres, dependendo da espécie e da situação de vulnerabilidade, seguindo determinações do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis).

A "Corn Snake", encontrada na fauna americana (Foto/Divulgação: Cras)
A "Corn Snake", encontrada na fauna americana (Foto/Divulgação: Cras)

Em Brasília, o acusado, Pedro Henrique Krambeck, 22 anos, foi denunciado pelo crime e obrigado a multado em R$ 78 mil. O caso foi descoberto no dia 7 de julho, quando ele foi picado pela naja e precisou de atendimento.

De acordo com a investigação, Pedro Henrique iniciou o esquema de tráfico de animais em 2017, quando passou a reproduzir as serpentes e a vender os filhotes. Segundo a Polícia Civil, cada animal era vendido por cerca de R$ 500. Os crimes de tráfico de animais e maus-tratos foram multiplicados pelo número de serpentes ligadas ao estudantes. Isso significa que ele foi autuado 23 vezes por esses crimes.


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