Projeto de preservação do Pantanal feito em MS vence prêmio nacional
Iniciativa mobiliza jovens semeadores, recebe R$ 50 mil e consultoria da plataforma

O projeto Semeador do Bem Viver, liderado por jovens indígenas da Terra Indígena Taunay-Ipegue, em Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande, conquistou nesta quinta-feira (23) o Prêmio Chico Vive, na categoria Bioma Pantanal. A premiação ocorreu no Teatro Cultura Artística, em São Paulo (SP), e distribuiu R$ 50 mil a cada vencedor, além de consultoria da plataforma organizadora.
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O projeto Semeador do Bem Viver, desenvolvido por jovens indígenas da Terra Indígena Taunay-Ipegue, em Aquidauana (MS), foi premiado na categoria bioma Pantanal do prêmio Chico Vive. A iniciativa, que recebeu R$ 50 mil, foi selecionada entre mais de 500 projetos inscritos. Liderado por Juvelino Amado Albuquerque, o projeto reúne 30 integrantes que trabalham na restauração de áreas queimadas, recuperação de rios e plantio de espécies nativas. A iniciativa também promove educação ambiental, combinando saberes ancestrais indígenas com técnicas modernas de agroecologia.
A cerimônia de premiação contou com a apresentação do ator Bruno Gagliasso e da jornalista Aline Midlej. Dos mais de 500 projetos inscritos, 18 foram finalistas e os seis vencedores representaram cada bioma brasileiro: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.
Juvelino Amado Albuquerque, líder do projeto, afirma que o trabalho reforça a importância da preservação ambiental e do esforço coletivo da comunidade. “É uma alegria imensa. Esse reconhecimento mostra que o Pantanal precisa de ajuda e que há muita gente em Mato Grosso do Sul trabalhando para reconstruir a natureza. O projeto é coletivo. Sozinho, ninguém vai a lugar nenhum”, diz.
O Semeador do Bem Viver reúne cerca de 30 integrantes da comunidade, os chamados semeadores, para restaurar áreas queimadas e desmatadas, recuperar rios e nascentes e plantar mudas nativas como ipê-branco, ipê-amarelo, cumbaru, cedro e jacarandá.
O projeto também realiza atividades de educação ambiental com crianças e jovens indígenas, transmitindo a importância da preservação da terra e da natureza. O trabalho acontece em escolas, margens de córregos e aldeias da região do Pantanal.
A iniciativa integra saberes ancestrais e técnicas de agroecologia, com orientação dos mais velhos sobre fases da lua, épocas de plantio e coleta de sementes, enquanto os jovens aplicam conhecimentos adquiridos na universidade.
“Os antigos dizem que a natureza é nossa vida e nossa casa e que precisamos cuidar dela para sermos bem recebidos por ela”, relata Juvelino.
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