Queimadas caem 98% no Pantanal e 75% no Cerrado em MS
Previsão, no entanto, mantém alerta elevado para risco de fogo nos próximos meses
O número de queimadas em Mato Grosso do Sul registrou queda significativa em 2025. Levantamento divulgado nesta quinta-feira (4) pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com base em dados do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) e do Corpo de Bombeiros Militar, mostra redução de 74,9% na área queimada do Cerrado e de 98,5% no Pantanal em relação ao mesmo período de 2024.
RESUMO
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O número de queimadas em Mato Grosso do Sul apresentou redução expressiva em 2025, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente. No Cerrado, a área queimada diminuiu 74,9%, totalizando 36,4 mil hectares, enquanto no Pantanal a queda foi de 98,5%, com 22 mil hectares atingidos. As unidades de conservação e terras indígenas também registraram quedas significativas. O Corpo de Bombeiros mobilizou 795 militares em ações preventivas e de combate, atendendo 2.410 ocorrências, menos da metade do ano anterior. Apesar da melhora, várias regiões do estado permanecem em alerta para risco de incêndios.
Entre 1º de janeiro e 3 de setembro deste ano, foram queimados 36,4 mil hectares no Cerrado e 22 mil hectares no Pantanal. No mesmo intervalo de 2024, as áreas atingidas chegaram a 145,4 mil hectares no Cerrado e 908,4 mil hectares no Pantanal.
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As unidades de conservação e terras indígenas tiveram quedas expressivas nas ocorrências. Em áreas de preservação do Pantanal e do Cerrado, a área queimada recuou de 24,8 mil hectares para 952 hectares. Já nas terras indígenas, a redução foi de 356,8 mil hectares para 10,7 mil hectares. A Rede Amolar, no Pantanal, que no ano passado registrou 171 mil hectares atingidos, neste ano teve apenas 322 hectares queimados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, desde janeiro já foram empregados 795 militares em ações de prevenção, preparação e combate ao fogo. No mesmo período, foram atendidas 2.410 ocorrências de incêndios em vegetação, pouco mais da metade das registradas em 2024, quando somaram 4.550 casos.
Apesar da melhora nos indicadores, a previsão sazonal indica que boa parte do Estado segue em alerta para o risco de fogo nos meses de agosto, setembro e outubro. Municípios das regiões norte, nordeste e leste apresentam níveis que variam de “atenção” a “alerta alto”.
A previsão meteorológica para os próximos dias indica tempo seco, com umidade relativa entre 10% e 30%, temperaturas variando de 12°C a 38°C e ventos do quadrante sul. No Pantanal, o perigo de fogo oscila de “muito alto” a “extremo” entre 4 e 9 de setembro, mas deve cair para “baixo” a “moderado” nos dias 5 e 6 devido à passagem de uma frente fria.
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