Não é só cachorro que passeia: com costume, gato também pode gostar
Descubra como o Oreo se adaptou à guia e como você pode fazer o mesmo com o seu gato
“Nossa, um gato que passeia!”. Sempre em tom de surpresa ou curiosidade ouço essa e outras expressões semelhantes quando levo o meu gato, para dar uma voltinha. Pode parecer incomum, mas, como tutora de dois felinos, digo que é possível adaptá-los à guia e criar esse hábito do passeio supervisionado.
RESUMO
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Oreo, um gato de um ano e três meses, é levado para passeios supervisionados em áreas comuns do condomínio por sua tutora. A adaptação ao uso de coleira e guia começou aos oito meses, em um ambiente seguro. A tutora destaca a importância de cuidados como vacinação e microchipagem, além de observar o comportamento do animal durante os passeios. Ela compartilha dicas para tutores que desejam acostumar seus gatos a passear, como garantir que a guia esteja ajustada corretamente e manter a atenção no animal. A tutora enfatiza que os passeios devem ser agradáveis para o gato, permitindo que ele explore o ambiente. Além de Oreo, ela também possui uma gata mais nova, Lola, que está se adaptando aos passeios.
O Lado B perguntou aos leitores na enquete deste sábado se gatos também podem passear de coleira. A resposta foi positiva, 70% afirmaram que sim. Para falar sobre o tema, hoje trouxemos a história do gato passeador Oreo e quem fala por ele é a tutora, Jéssica.
O felino faz parte do time de comentaristas pets da editoria MiAuNews. O Campo Grande News coloca na rua uma turma de jornAUlistas, coMIAUtaristas e até COELHOnistas. Nessa brincadeira, a gente finge que consegue traduzir os "pensamentos" de cães, gatos, coelhos e quem mais quiser chegar.
Saiba tudo sobre como adaptar os gatos aos passeios e o passo a passo de como fazer isso.
De antemão, já aviso que nem todo gato gosta ou vai se acostumar a passear. Antes do Oreo, eu tinha feito diversas tentativas com outro gato que não se sentia confortável com a guia. Por isso, o jeito foi deixar a prática de lado é, sim, respeitar a vontade do animal.
O Oreo atualmente tem 1 ano e 3 meses de vida, é um gato adulto, castrado, com as vacinas em dia e microchipado. Acho importante destacar essas características porque a guia, a coleira, não bastam como medidas de segurança ao levar o animal para um ambiente além da porta de casa. Aliás, todos esses cuidados são essenciais e é da responsabilidade do tutor em garantir.
O Oreo é um gato criado em apartamento, e esse é o principal motivo que me fez querer introduzir os passeios na rotina. Hoje, não moro em um local com quintal próprio, ou seja, o meu gato não tem muito espaço disponível no dia a dia.
Processo de adaptação
Aos oito meses, comecei a acostumar o Oreo com o colete, e essa fase de adaptação foi feita dentro do apartamento, em um ambiente seguro e familiar para ele. Esse foi o primeiro passo, seguido por fazê-lo se adaptar ao colete com a guia. No começo, ele meio que travava, ficava sentado ou deitado.
Essa fase exige paciência, porque não dá pra colocar o gato no colete e começar a puxá-lo pela guia como se fosse um cachorro. No exemplo do Oreo, eu deixava ele andar enquanto segurava a guia por onde ele quisesse ir e tudo isso ainda dentro do apartamento.
O segundo passo foi fazer isso fora do apartamento, porém ainda próximo da porta. Lembro que o Oreo, como um bom gato, ficava em alerta. Depois, ele foi se soltando, caminhando até a porta do vizinho, cheirando tapetes e, finalmente, indo em direção às escadas.
É na área externa, nas áreas comuns do condomínio, onde precisei ficar alerta, pois seria um ambiente novo para ele, por ter mais fluxo de outras pessoas e outros animais. No caso, o condomínio tem alguns gatos que andam livremente e cachorros que são levados para passear pelos tutores.
Hoje, o Oreo já se acostumou com esses fatores externos, porém eu sempre o mantenho afastado, pego ele no colo, levo para outro lugar. Tenho esses costumes desde o começo para evitar qualquer tipo de contato ou acidente entre os animais. Nunca aconteceu, mas me mantenho atenta, principalmente com os gatos que costumam ser mais ligeiros.
Com o tempo, o meu frajolinha foi se acostumando com o ambiente externo, criando coragem para explorar plantas, gramas, árvores e tudo o que as dependências do condomínio podem proporcionar. E esse é outro ponto importante: os passeios nunca são feitos na rua.
Dicas
Por experiência própria, queria dar algumas dicas para os tutores que querem acostumar os gatos a passearem. A primeira é observar se o seu gato vai se adaptar. Senão, não vale a pena forçar o bichano.
Outra coisa é sempre conferir a guia e o colete, nunca deixar frouxo ou apertado demais. No caso do Oreo, sempre deixo “um dedo” de folga, é a medida que adotei como referência.
Fique de olho no gato e não no celular!
Não adianta levar o gato para fora de casa com todas as precauções anteriores se você não ficar atento a ele e ao ambiente onde vocês estão. Pode parecer bobagem, mas não é.
Digo isso porque já aconteceu de eu estar mexendo no celular e o Oreo correr atrás de um inseto. Ele correu e não consegui o segurar pela guia. Eu o encontrei um minuto depois na porta que dá acesso ao bloco onde moramos, mas foram segundos desesperadores.
E aí entra outra dica: segure firme a guia, dê uma volta a mais no pulso, na mão, mas garanta que você estará sempre segurando firme para situações inesperadas, porque sim: o animal corre o risco de escapar.
Eu tento passear com ele por pelo menos uns vinte minutos ou mais e, como gosto de podcasts, ouço algum episódio durante a atividade. É uma forma de passar o tempo e não ficar mexendo no celular.
A última dica é: deixe o gato curtir! Sim, deixe ele brincar na grama, afiar as unhas na árvore, levar o tempo que for cheirando as plantinhas, ficando deitado ou sentado no lugar que ele escolheu.
O gato precisa gostar do passeio
Isso é o mais importante! Além do Oreo, também tenho a Lola, uma gata de cinco meses, vacinada, que aos poucos está se acostumando a passear.
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