ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 30º

Política

“Carta de Brasília” vai acelerar rota bioceânica, prevê senador Moka

Presidentes do Brasil, Chile, Paraguai e Argentina assinaram acordo para modernizar gestão de fronteira

Paulo Nonato de Souza | 22/12/2017 11:32
O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka, durante discurso na tribuna do Senado (Foto: Arquivo)
O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka, durante discurso na tribuna do Senado (Foto: Arquivo)

O senador Waldemir Moka (PMDB) disse nesta sexta-feira (22) que a “Carta de Brasília”, assinada esta semana pelos presidentes Michel Temer (Brasil), Mauricio Macri (Argentina), Michelle Bachelet (Chile) e Horacio Cartes (Paraguai), para modernizar a gestão das questões de fronteira, irá acelerar o processo de implementação da rota bioceânica, um projeto de integração continental que tem Mato Grosso do Sul como parte importante.

“A assinatura do pacto mostra que o projeto da rota bioceânica é de grande importância para toda a América do Sul, e Mato Grosso do Sul está completamente inserido”, declarou o senador. A rota ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, encurtando o transporte de produtos para a Ásia em cerca de 7 mil quilômetros.

Conforme o projeto, a rota bioceânica cruzará grande parte do Estado de Mato Grosso do Sul, passando por Campo Grande até Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai. O projeto prevê a construção de uma ponte ligando o território sul-mato-grossense, por Porto Murtinho, à cidade paraguaia de Carmelo Peralta.

De acordo com a “Carta de Brasília”, os quatro países vão permitir a viabilização de integração produtiva, gerar novos fluxos de comércio e investimentos, criar mais empregos e promover maior integração dos territórios ao longo do corredor.

Outro compromisso assumido pela Carta será a abertura de espaço para maior participação do setor privado, das universidades locais e da sociedade civil, fundamentais para o processo de implementação da nova rota. Nesse sentido, destaca o documento, os países apoiam a constituição da rede de universidades e da rede empresarial do corredor.

Os quatro países também assumiram compromisso de acelerar os procedimentos aduaneiros e promover inspeção e controle fronteiriço eficiente e eficaz. “Esses objetivos deverão ser alcançados mediante uso de tecnologias modernas e cooperação estreita entre os serviços de fronteira”, diz o documento.

Ainda conforme o que determina o documento que ficou conhecido como a “Carta de Brasília”, equipes técnicas dos países envolvidos vão desenvolver procedimentos e padronizações para permitir a coordenação dos serviços nacionais de fronteira sobre segurança, controle zoo e fitossanitário e movimento de carga e pessoas.

Nos siga no Google Notícias