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Política

A duas semanas da eleição, campanha pelos cargos vagos da OAB segue “fria”

Josemil Arruda | 31/05/2014 17:44
Eleição da OAB é para 56 cargos, menos para a presidência, ainda ocupada por Júlio Cesar (Foto: arquivo)
Eleição da OAB é para 56 cargos, menos para a presidência, ainda ocupada por Júlio Cesar (Foto: arquivo)

Sem muitos investimentos e com poucas movimentações nas subseccionais, a eleição para o preenchimento de 56 cargos vagos na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) continua “fria”, mesmo com metade do prazo da campanha já esgotado. A eleição aconteceu daqui a duas semanas, no dia 16 de abril. A par da campanha eleitoral, também há uma em defesa do boicote e do voto nulo ou branco.

Duas chapas disputam a eleição da OAB-MS, uma encabeçada pelo advogado Mansour Karmouch (chapa 2) e a outra por Alexandre Bastos (chapa 1). Ambos disputam o cargo de vice-presidente da diretoria que continuará sendo presidida por Júlio Cesar Souza Rodrigues, conforme decisão do Conselho Federal da OAB.

Alexandre Bastos tem viajado pouco para as subseccionais do interior do Estado, priorizando a Capital onde está a maior parte dos advogados inscritos na OAB-MS. Tem apelado também para propaganda eleitoral em meio de comunicação e divulgação de suas propostas pela internet.

Mansour Karmouch também tem feito poucas viagens. “O período de campanha é exíguo. Não dá para ir a todas as 31 subseções”, admitiu ele, citando que já esteve em Dourados, Ponta Porã e Coxim e vai na semana que vem a Paranaíba, Três Lagoas e Corumbá. “Acho que não vai dar para ir nem a 10 subseções. Temos poucos recursos e estamos trabalhando com a sola do sapato”, revelou.

Em sua campanha, Karmouch também tem utilizado a internet para divulgar sua campanha, especialmente sua fron page “Chapa 2 a ordem em primeiro lugar” e listas de e-mails. Também vem utilizando telemarketing, com ele próprio e aliados ligando para outros advogados, mas confessa que não terá tempo de atingir todos os 15 mil inscritos na entidade. Apesar dessa dificuldade, o candidato defende limitações quanto aos meios de propagada. “Fiz requerimento para evitar no dia da eleição colocação de banners, carros de som, panfletagem. Não vou entrar nessa eleição para gastar uma fortuna”, declarou.

Boicote – Embora não tenham registrados chapas, a oposição histórica e os dissidentes que renunciaram aos cargos na OAB-MS estão pregando que a categoria dos advogados rejeitem essa eleição parcial imposta pelo Conselho Federal.

O grupo dos dissidentes, liderado por advogados como Carmelino Resende e Carlos Marques, está pregando abertamente o “voto branco” na eleição do dia 16 de junho. Considera que o voto de protesto é a maneira a exigir da entidade a observância da ética e coerência, já que a eleição não contempla todos os cargos e a situação em que o presidente Júlio César Souza Rodrigues enfrenta, inclusive respondendo ação criminal e civil no Ministério Público, não está esclarecida e nem resolvida pelo Conselho Federal da OAB.

Já o outro grupo, capitaneado por Wladimir Rossi Lourenço e Marco Túlio, que enfrentou Júlio Cesar na eleição da OAB de 2012, defende que a categoria diga não à eleição parcial e ao atual presidente da entidade. Sua campanha é “meio voto não”.

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