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Política

A Guaidó, Nelsinho garante comissão para tratar de conflitos na Venezuela

Senador de MS comanda Comissão de Relações Exteriores do Senado e confirmou ao presidente autoproclamado da Venezuela apoio contra a crise no país vizinho

Humberto Marques | 28/02/2019 18:29
Guaidó (ao centro) ouviu de Nelsinho (à esquerda) garantia de envolvimento do Senado brasileiro na questão venezuelana. (Foto: Luís Carlos Campos Sales/Divulgação)
Guaidó (ao centro) ouviu de Nelsinho (à esquerda) garantia de envolvimento do Senado brasileiro na questão venezuelana. (Foto: Luís Carlos Campos Sales/Divulgação)

Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o senador Nelsinho Trad (PSD) propôs nesta quinta-feira (28) “medidas urgentes” do Brasil em relação aos conflitos na Venezuela. A sugestão foi apresentada durante reunião com Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país vizinho –condição já reconhecida pelo governo brasileiro–, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

“Uma comissão daqui deverá ir ao Parlatino, no Panamá, para contribuir no fim dessa crise”, declarou Nelsinho, referindo-se ao Parlamento da América Latina, com sede na Cidade do Panamá e que reúne todos os parlamentos latino-americanos. A proposta foi acatada no Senado, que anunciou a Guaidó o envio de uma missão diplomática, em março, para tratar da crise na Venezuela.

“A Comissão de Relações Exteriores vai fazer uma comissão de senadores só para acompanhar o caso da Venezuela e vamos propor uma reunião em um país neutro, o Panamá”, destacou Nelsinho a Guaidó.

Líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro, Juan Guaidó garantiu retornar ao seu país na segunda-feira (4), mesmo diante das ameaças recebidas até aqui. Ele chegou ao Brasil nesta quinta (28), onde se reuniu com diplomatas da União Europeia, com o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares do Congresso Nacional. Ele afirmou que os venezuelanos, hoje, vivem sob uma ditadura que persegue e prende adversários políticos.

Guaidó ainda acusou Maduro de queimar alimentos e medicamentos que deveriam ser destinados ao povo venezuelano para impedir a ajuda humanitária oferecida a países que não reconhecem o seu governo. “A Venezuela está entre dois caminhos, a ditadura e a democracia”, declarou, afirmando que seu país tem hoje cerca de mil presos políticos e mil exilados que estão na luta “cada vez mais intensa” pela democracia.

Conforme o presidente autoproclamado, em cinco anos, três processos de negociação foram abertos com Maduro para assegurar eleições livres no país, com observação internacional e auditoria do resultado. Contudo, tal proposta acabou atingida com as prisões. Na semana passada, o governo de Maduro decretou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil em Paracaima (RR).

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