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Política

Após entrave petista, reforma administrativa é aprovada por unanimidade

Jéssica Benitez | 02/04/2013 12:33

Após entraves causados pela bancada do PT na Assembleia Legislativa, o projeto enviado à Casa de Leis pelo governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), visando a criação de três novas secretarias, foi aprovado por unanimidade. O próximo passo, conforme o deputado estadual e presidente regional do PMDB, Junior Mochi, é nomear os futuros secretários. Os nomes cogitados são o do ex-prefeito Nelsinho Trad (Secretaria de Articulação, de Desenvolvimento Regional e dos Municípios), vice-governadora Simone Tebet (Chafia da Casa Civil) e o vereador Herculano Borges (Secretaria da Juventude).


Inicialmente o acordo entre as lideranças não foi fechado por causa da bancada petista. Os parlamentares da sigla alegaram que a reforma administrativa não poderia ser feita, pois tinha cunho de acomodação política mirando a eleição de 2014. Hoje, porém, os deputados do PT recuaram. Segundo o parlamentar Pedro Kemp o voto a favor foi em consideração à criação da Secretaria da Juventude.


“Essa sempre foi uma bandeira nossa, não podíamos ir contra”, justificou. O deputado estadual, Cabo Almi (PT), foi mais direto dizendo que a aprovação do projeto por parte da bancadas petista é uma sinalização de aproximação para a eleição do ano que vem. “O PT tem a postura de alinhamento para 2014”, revelou. Para o parlamentar, a aliança nacional entre o PT e o PMDB pode ser reproduzida em Mato Grosso do Sul, desde que seu partido encabece a chapa.


Assim como Kemp, a deputada Mara Caseiro (PTdoB) justificou seu apoio à reforma por conta da área jovem. “Não poderia votar contra a criação da Secretaria da Juventude”, disse. Mesmo pertencendo à base aliada, Mara destacou que a cobrança em relação às três novas pastas será ferrenha. “Não vai poder criar só para ter, vão ter que agir também com destinação de recursos e projetos”, avisou.


Intenções políticas – Para o deputado Junior Mochi a inquietação do PT em relação às novas secretarias não foi desencadeada pelas pastas e sim pelos nomes que foram indicados para comandá-las. Isso porque Nelsinho e Simone são pré-candidatos à sucessão de André Puccinelli. “Mas quem estiver insatisfeito com os nomes pode sentar com o governador e reivindicar”, explicou o peemedebista.


Na opinião do deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) a atitude da bancada petista se inclui no ditado popular “faça o que eu digo não faça o que eu faço”, tendo em vista que a presidente da República Dilma Rousseff (PT) criou ontem mais um ministério (Secretaria da Micro e Pequena Empresa) para acomodação política em troca de apoio para sua reeleição em 2014.

“Lá pode e aqui não? Estamos com as contas organizadas, diferente do Governo Federal”, explanou.
Em defesa da presidente, Kemp alegou que os 39 ministérios do governo Dilma são eficientes no que diz respeito à criação de políticas públicas. “A Dilma desenvolve projetos que mudam o Brasil”, declarou.

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