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Política

Azambuja se filia ao PL em setembro e garante que não quer “esvaziar” o PSDB

Riedel, Azambuja e deputados federais se reúnem na Governadoria com presidente nacional dos tucanos

Por Maristela Brunetto e Fernanda Palheta | 18/08/2025 12:05
Azambuja se filia ao PL em setembro e garante que não quer “esvaziar” o PSDB
Reinaldo diz que deve se filiar ao PL em setembro, mas segue articulando futuro do PSDB com Perillo e deputados (Fotos: Henrique Kawaminami)

O ex-governador Reinaldo Azambuja informou esta manhã que sua filiação ao PL deve ser sacramentada no mês que vem, ainda sem data, encerrando cerca de 30 anos no PSDB, partido pelo qual venceu eleições e é o atual presidente estadual. A decisão não deve ser alterada com a vinda do presidente nacional do partido, Marconi Perillo, para uma conversa esta manhã, na Governadoria, envolvendo, ainda, o governador Eduardo Riedel e parlamentares tucanos.

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O ex-governador Reinaldo Azambuja confirmou sua filiação ao PL em setembro, encerrando três décadas de trajetória no PSDB. A decisão permanece mesmo após reunião com o presidente nacional tucano, Marconi Perillo, que também contou com a presença do governador Eduardo Riedel e parlamentares do partido. Apesar da saída, Azambuja garante que não pretende enfraquecer o PSDB, que mantém posição de destaque em Mato Grosso do Sul com três deputados federais, seis estaduais e 44 prefeituras. Riedel também deixará o partido, migrando para a federação União Brasil/PP, visando projeto de reeleição e fortalecimento de alianças políticas.

Azambuja disse que a conversa envolverá o futuro do partido, já que ele e Riedel deixarão o PSDB, em busca de um projeto de reeleição, reforçando o arco de alianças. Riedel deve seguir para a federação União Brasil-PP. Embora deixe a legenda, Azambuja disse que não pretende “esvaziar” o PSDB, levando consigo número expressivo de políticos.

O PSDB enfrenta uma crise nacional, com a saída de políticos de peso, mas aqui no Estado segue como a principal legenda, detendo o governo há três mandatos seguidos, com três deputados federais, seis deputados estaduais, a maior bancada da Câmara Municipal de Campo Grande, com cinco vereadores, e 44 das 79 prefeituras do Estado. Até mesmo porque a ausência de janela partidária impediria aqueles com mandato de saírem do partido. Para quem concorrerá em 2026, uma janela será aberta em março.

“Tanto a migração minha como a do Riedel, isso já é para nós um fato consumado. Agora, tem uma bancada, tem os deputados, nós temos vereadores, nós temos o maior partido do Estado”, citou, complementando não haver “interesse nenhum em destruir isso, eu acredito que a conversa do Marconi deve ser com a bancada. Eu não tenho interesse em esvaziar”, disse sobre a possibilidade de levar nomes para o PL. Os parlamentares que Azambuja mencionou são os deputados federais Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira, que também participam da conversa, com a possibilidade de um deles assumir o comando tucano no Estado. Os federais esperam do presidente nacional uma sinalização de apoio para sigam na legenda e que ela ofereça condições competitivas para a disputa eleitoral do ano que vem.

Azambuja se filia ao PL em setembro e garante que não quer “esvaziar” o PSDB
Beto e Rezende na chegada à Governadoria; Dagoberto também participa de reunião com presidente nacional tucano

Beto Pereira citou a impossibilidade de mudança fora do período previsto em lei e as articulações de cada um. “Não, nós não estamos aptos a mudar de partido. O cenário agora, e eu acho que é isso, inclusive que o presidente do partido veio tratar aqui, é uma tentativa de ter a manutenção dos deputados, já que o nosso governador e o ex-governador não ficarão no PSDB. Isso é fato. Então, eu acho que a busca aqui do Marconi, dessa vinda ao Estado, é justamente fazer com que ele tenha a manutenção dos três deputados no partido.”

Já Rezende citou ter uma longa história com o PSDB, mas admitiu que sonda outros partidos. “Então, eu tenho uma história com esse partido muito forte, história desde Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, André Franco Montoro, José Richa, fui um dos fundadores do partido”, lembrou.

Mesmo de olho no cenário da sucessão estadual, na articulação da própria pré-candidatura ao Senado e nas conversas sobre a presidência da República, Azambuja aposta que não faltará “músculo” ao PSDB no Estado para disputar o legislativo em 2026. “Com certeza vai ter uma chapa para poder contemplar isso, estadual ou federal, não sei. Não vai ficar na mão também, até porque tem muita musculatura”, comparou, citando também vereadores que querem concorrer à Assembleia ou Câmara Federal sem possibilidade de trocar de legenda, já que a janela do ano que vem não os inclui.