Câmara deixa para próxima semana decisão sobre vetos e doação de áreas
Novamente sem quórum, a Câmara Municipal de Campo Grande deixou para a próxima semana votação de vetos sobre farmácias 24 horas em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e alterações técnicas no transporte escolar, além da doação de áreas para a Marinha do Brasil, TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) e Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).
De acordo com o presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), a pauta permanece trancada até a próxima quinta-feira (11), uma vez que haverá sessão solene noturna na terça-feira (9) para concessão de títulos de cidadão campo-grandense.
Com apenas 13 vereadores e sem pedido de prolongamento, os vereadores se pautaram em discussões sobre o Hospital da Criança do SUS.
Thaís Helena (PT) e Luiza Ribeiro (PPS) voltaram a cobrar explicações sobre o arrendamento do prédio do Hospital Sírio Libanês, que visitaram ontem (3). Elas ainda denunciaram que obras ocorrem de forma irregular por falta de responsável técnico e alvarás, além de solicitarem ao Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e ao CAU-MS (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) fiscalização no imóvel.
Em defesa do Executivo, Paulo Siufi (PMDB) ressaltou que as intervenções correm por conta do proprietário e que, somente após sua conclusão, o arrendamento terá início efetivo. Ele, inclusive, sugeriu a realização de audiência pública, em caso de ainda pairarem dúvidas sobre o processo.
Carla Stephanini (PMDB), por sua vez, ressaltou que o “mérito é relevante”. Em contrapartida, questionou com que orçamento o projeto contará, uma vez que a Prefeitura realiza recuperação de créditos.
Já Paulo Pedra (PDT) classificou como “escabrosa” a forma como o processo está sendo conduzido, apesar de também concordar que o “mérito é bom”.
Para Siufi, a prestação de contas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) sobre os investimentos no quadrimestre deve responder a esses questionamento. O evento está previsto para o fim do mês, mas ainda não possui data prevista. Ele ainda confirmou que remanejamento pode ser enviado do Executivo para manter a unidade.
“Prefiro [remanejar] isso do que fazer Cine Belas Artes. Nada contra a cultura, mas prefiro salvar a vida de uma criança”, completou.