Candidato, Harfouche defende mudanças em lei e projeto contra corrupção
Procurador de Justiça disputa uma cadeira no Senado Federal no pleito deste ano

Mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e retomada de projeto sobre combate à corrupção são as principais ideias do candidato ao Senado, pelo PSC, Sérgio Harfouche.
Em entrevista ao Campo Grande News, nesta terça-feira (dia 11), o procurador de Justiça licenciado afirma que, com 26 anos de MP (Ministério Público), nota que há temas na legislação que vai em "desfavor da família, do cidadão de bem".
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"Nas últimas décadas, uma filosofia garantista preponderou, valorizando mais o bandido do que a vítima e isso se estende até hoje". O candidato citou o auxílio-reclusão que familiares de preso em regime fechado ou semiaberto recebem, enquanto quem é vítima "não tem indenização".
Essa e outras situações, como um Congresso Nacional "com 80% de seus integrantes corruptos", fez com que Harfouche decidisse disputar uma cadeira no Senado.
Sobre o ECA, o procurador afirma que é necessário resgatar a responsabilidade e fazer com que crianças e adolescentes respondam por seus atos, "de uma forma branda, tirando-os da delegacia". Legislar sobre formas de gerar de emprego e reforço na segurança, especialmente na fronteira do Estado, também devem entrar em sua pauta.
Iniciado no MP e pela população, o projeto que ficou conhecido como 10 medidas contra corrupção deve ser retomado se conseguir uma vaga no Senado. "A Câmara [Federal] fragmentou, despedaçou as medidas e fizeram ressalvas que os blindaram". Segundo o procurador, é "necessário voltar a discutir o tema", o que pretende fazer, caso seja eleito senador.
A proposta, parada atualmente na Câmara, havia previsão de tipificação do crime de enriquecimento ilícito de funcionário público, por exemplo. A medida foi cortada pelos deputados.
Em âmbito estadual, Sérgio Harfouche diz não apoiar nenhum dos candidatos ao governo, enquanto para presidente da República, a opção será por Jair Bolsonaro (PSL).