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Política

Candidatos disputam comando do PT na tentativa de reconstruir partido

Legenda realiza eleições para definir executivas municipais e se preparar para próximas eleições

Richelieu de Carlo | 09/04/2017 14:31
Candidatos fazem campanha no estacionamento da Câmara Municipal. (Foto: Marcos Ermínio)
Candidatos fazem campanha no estacionamento da Câmara Municipal. (Foto: Marcos Ermínio)

As eleições municipais do PT (Partido dos Trabalhadores) em diversos municípios do Estado seguem até às 17h deste domingo (9). Em Campo Grande, são esperados 1,5 mil eleitores que devem passar pela Câmara dos Vereadores, onde ocorre o pleito. São três candidatos com objetivos em comum, atuar junto aos movimentos sociais e reestruturar o partido.

Estão na disputa da Capital: Maria Rosana, que conta com a adesão do presidente estadual, Antônio Carlos Biffi; Agamenon do Prado, que tem o apoio dos deputados federais Zeca do PT e Vander Loubet; e Orlando de Almeida, apoiado pelo deputado estadual Pedro Kemp.

Correndo por fora, está Orlando de Almeida, que reconhece o status de azarão. “Somos força minoritária, mas entendemos que este modelo burguês está esgotado, porque continuam as mesmas práticas que nós criticamos, de quem tem mais dinheiro consegue carregar mais filiados, sem debate interno.”

Para Orlando o que tem acontecido é uma “domesticação” do PT, que ocorre por três fatores, as alianças políticas que não deram resultado, as políticas de centro-esquerda, “que não colaboram em nada com os partidos da esquerda”, e, por fim, as prioridades equivocadas do partido nos últimos 13 anos.

“O partido além de garantir a democracia interna, também precisa estar vinculado aos movimentos sociais, populares e sindicais sem aparelhá-los. Não se discute programa, nós apresentamos um programa com a tática de aliança com os movimentos sociais em uma frente de esquerda progressista”, defende Orlando.

“Somos força minoritária, mas entendemos que este modelo está esgotado", diz o candidato Orlando de Almeida. (Foto: Marcos Ermínio)
“Somos força minoritária, mas entendemos que este modelo está esgotado", diz o candidato Orlando de Almeida. (Foto: Marcos Ermínio)

Apoiado por Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul, Agamenon do Prado elogia a participação da militância no pleito e defende um maior diálogo no partido. “Estamos satisfeitos com a militância do PT nestas eleições, em todo Estado. Precisamos reestruturar o partido em Campo Grande, organizar os filiados na base, e abrir um diálogo com nossas políticas públicas na Capital”.

Agamenon sugere que sua legenda participe ativamente da atual gestão de Campo Grande, promovendo discussões sobre as questões sociais da cidade. “Não podemos fazer uma oposição pela oposição, mas apresentar propostas. Somos a favor da cidade, com grandes debates sobre o transporte coletivo, que é lastimável, e também sobre a saúde, problema que o prefeito não vai conseguir resolver sozinho”.

Atual presidente do diretório municipal, além de contar com o chefe da executiva estadual, Maria Rosana pretende manter os militantes nas ruas apoiando os movimentos populares. “Nossa luta política é continuar apoiando os movimentos sociais, se aproximar com os filiados em Campo Grande, para participarem da vida partidária mais intensamente”.

Rosana defende que não há um “racha” no partido, mas sim divergência de táticas e ideias. “Não é racha, o PT desde sua fundação trabalha com tendências, trabalhamos com estratégias, mas as táticas mudam. As tendências são permitidas, não é racha, é a diferença das ideias”.

"Precisamos reestruturar o partido em Campo Grande", defende Agamenon do Prado. (Foto: Marcos Ermínio)
"Precisamos reestruturar o partido em Campo Grande", defende Agamenon do Prado. (Foto: Marcos Ermínio)
“Nossa luta política é continuar apoiando os movimentos sociais", opina Maria Rosana. (Foto: Marcos Ermínio)
“Nossa luta política é continuar apoiando os movimentos sociais", opina Maria Rosana. (Foto: Marcos Ermínio)

Presença ilustre – Ex-BBB e militante petista, o advogado Ilmar Fonseca, o Mamão, marcou presença durante as eleições na manhã deste domingo. “Participo da vida política no Estado desde os meus 16 anos, fui ao programa para demarcar um espaço político. Falamos pouco de política, mas sem sermos chatos, e conseguimos colocar o que foi possível”.

Mamão tem a intenção de sair candidato nas próximas eleições, mas depende do partido na definição do cargo. Independente disso, revela que vai percorrer bairros da Capital e municípios do interior do Estado.

“Sou pré-candidato a alguma coisa e estou à disposição do PT. Vou fazer agendas de bairros junto com o povão. Quero dialogar com o povo de Mato Grosso do Sul”, declarou.

Estadual - As disputas ocorrem em 60 cidades do Estado, com previsão de ao todo contar com 10 mil (militantes). Neste encontro do PT, além das eleições municipais, também haverá a votação das seis chapas para formar os 250 delegados, que irão definir o próximo presidente estadual do PT, em disputa que vai ocorrer entre os dias 5 a 7 de maio. 

Por enquanto entre os candidatos está o atual presidente, Antônio Carlos Biffi, o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci, um dos fundador da CUT-MS (Central Unica do Trabalhador), Ananias dos Santos e Raul das Neves, que já foi candidato a prefeito, em Rio Brilhante.

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