ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Política

Candidatos "eternos" apostam nas novas regras para vencer, enfim

Leonardo Rocha | 20/09/2014 11:32
Candidatos veteranos esperam ter mais chances de conseguir uma vaga na Assembleia (Foto: Arquivo)
Candidatos veteranos esperam ter mais chances de conseguir uma vaga na Assembleia (Foto: Arquivo)

Em todas as eleições sempre existem aqueles candidatos que já participaram de vários pleitos eleitorais, mas apesar de já bem conhecidos pelo eleitor, não conseguem se eleger para os cargos na proporcional, seja para deputado ou vereador. Eles garantem que desta vez possuem mais chances, já que com regras mais rígidas, a disputa ficou mais igualitária.

Estes candidatos citam a nova legislação eleitoral que proíbe realização de comícios com shows de artistas consagrados ou regionais, assim como reuniões que antes ofereciam alimentação, churrascos e festas para os eleitores, o que segundos eles, tornava a campanha de quem tem poucas condições inviável.

O candidato Claudir Pereira do Prado, o Claudir Acumulou (PTN), é um destes exemplos. Ele já disputou cinco eleições para o legislativo, sendo quatro para vereador de Campo Grande e uma para deputado estadual. "Agora estamos em um ótimo momento, além da campanha estar mais igual, pelas restrições, também temos a internet, onde podemos divulgar a campanha", afirmou ele.

Claudir ressaltou que o candidato que tinha mais recursos terá que ir "para rua, para pedir voto olho no olho" e que antigamente as coisas eram mais difíceis. "Estou disputando eleições desde 2000, antes nós fazíamos uma reunião e o adversário promovia um banquete, sem contar na gasolina e distribuição de camisetas". Ele garante que já andou 27 municípios e que tem chances de vencer este ano. "Tenho 10 cabos eleitorais, mas podemos se eleger".

A candidata Elizabeth Felix (PT do B) já disputou três eleições, entre elas para vereadora, deputada federal e estadual, ela ponderou que nunca teve recursos para investir e se eleger no legislativo. "Sempre fiz campanha porta a porta contra as milionárias, agora a situação está mais fácil, não se precisa de muito recurso como antes para se eleger", garante.

De acordo com ela, as regras rígidas equipararam o pleito eleitoral, já que se proibiu práticas que faziam a diferença. "Antes havia grandes palanques, eventos maiores que tornava desigual a disputa, temos mais chances de concorrer".

A professora Maria Rosana (PT), que já disputou quatro pleitos, lembrou que já foi até segunda suplente de vereador, mas que depois não teve bons resultados. "Sempre trabalhei em segmentos sociais e nos direitos humanos, estando há 16 anos como dirigente do PT e sinto que nesta eleição podemos surpreender". Ela aposta na categoria dos professores e alunos para enfim fazer parte do legislativo.

Já Elizeu Amarilha (PSDC), figura cativa nas eleições, condicionou sua falta de vitórias nas eleições na questão de definições políticas dos aliados, assim como no crescimento de seu partido, no qual preside em Mato Grosso do Sul.

"Em 2006 fui candidato a governador apenas para fortalecer o partido (PSDC), já em 2008 renunciei a candidatura (vereador) por um pedido político, e em 2010 recebi poucos recursos para investir na campanha", explicou ele.

Amarilha ainda destacou que teve que desfazer uma aliança com o PSDB em cima da hora, porque não teria apoio da legendas em alguns municípios do interior e que neste ano espera ter uma atuação melhor. "Sabemos que as condições ainda são difíceis, quem sabe em 2020, possamos ter representantes no legislativo estadual e federal".

Nos siga no Google Notícias