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Política

Ciro Gomes diz que Brasil chegou no limite da tragédia e defende cassação

Para ele, situação é insustentável e eleições indiretas devem ocorrer

Mayara Bueno e Richelieu de Carlo | 18/05/2017 10:55
Ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio).
Ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio).

Em Campo Grande, para um evento do PDT, nesta quinta-feira (18), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, comentou a situação do presidente da República, Michel Temer (PMDB), depois do escândalo divulgado ontem. Para ele, o Brasil atingiu o limite da tragédia, com uma situação “insustentável” e o melhor caminho seria o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassar o mandato de Temer.

“Atingimos o limite da tragédia e devemos olhar para Constituição agora”. Das possibilidades que se apresentam, Ciro defende, após eventual saída de Temer, convocação de eleições indiretas e a busca de um nome “que pacifique o País”.

Temer foi flagrado em gravação dos irmãos Joesley e Wesley Batista autorizando o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) a intermediar a resolução de um assunto relativo a holding J&F.

Na deleção premiada dos irmãos Batista, eles ainda contam que disseram para Temer que estavam pagando uma mesada para ex-deputado federal, cassado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro para permanecerem calados na prisão. A situação foi incentivada por Temer, que afirmou o pagamento deveria ser mantido.

Diante disso, Gomes afirma que a permanência de Temer “é insustentável”. “Inclusive é um governo golpista, sem legitimidade”. Reformas trabalhistas e previdenciária, que estavam em andamento até então, devem ficar para depois das eleições gerais.

Possível candidato do PTD à presidência em 2018, o ex-governador afirmou que não apresentaria seu nome agora, caso fosse convocada eleições. “Teria que assumir com este congresso que está ai? Não teria vontade, mas cabe o partido a decisão, só quero servir o País”.

Ciro Gomes concedeu coletiva de imprensa nesta manhã. O assunto era a conjuntura política do Brasil. Agora ele está na Câmara Municipal. Na sequência, deve se encontrar com o juiz federal Odilon de Oliveira, para discutirem a situação de fronteira, com vistas à um eventual programa de governo. 

Em MS, metade da bancada federal defende a renúncia de Michel Temer, afirmando que o atual governo não tem mais condições de continuar depois das denúncias divulgadas ontem.

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