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Política

Com briga de bancada e "VAR", vereadores mantém veto a projeto

Projeto do vereador André Salineiro previa instalação de placas em todas as obras paradas da Prefeitura

Silvia Frias e Fernanda Palheta | 26/11/2019 13:02
Vereadores durante a sessão desta terça-feira (Foto: Fernanda Palheta)
Vereadores durante a sessão desta terça-feira (Foto: Fernanda Palheta)

O veto a um projeto do vereador André Salinero (PSDB) rendeu bate-boca acalorado com o vereador João César Mattogrosso, que recorreu até ao VAR (árbitro de vídeo) para desmentir o colega de partido.

A discussão foi centrada no veto ao projeto de Salinero que previa a instalação de placas e obras paradas da prefeitura de Campo Grande. Nela, segundo a proposta, deveria constar o motivo e a data da paralisação, a previsão de retomada do serviços e o contato da prefeitura para dúvidas da população.

Antes da votação, Salinero disse que a proposta era simples, com objetivo de promover a transparência e, por isso, pedia a derrubada do veto.

Porém, o veto foi mantido por placar folgado de 22 a 4, com votos pela derrubada dos vereadores Vinícius Siqueira, Cida Amaral (Pros), Lívio Viana (PSDB), além do autor da proposta.

O vereador Otávio Trad (PTB), presidente da CCJ (Comissão da Constituição e Justiça), disse que votou pela manutenção do veto em nome da saúde financeira do município, já que a instalação de placas acarretaria em gasto por parte do Executivo.

Além disso, outros parlamentares justificaram que já existe sistema de informações sobre as obras no portal Mais Obras, sendo acessado por meio de QR Code nas placas das obras em execução na cidade.

Este meio de acesso foi lançado em agosto pela Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação).

Após a votação, Salinero voltou a ocupar a tribuna para dizer que irá reapresentar o projeto em 2020, fará cadastramento e vai encher o auditório. “Vamos fazer pressão”. Também desqualificou o sistema Mais Obras, dizendo que irá pedir à Agetec para implantar o QR Code em todas as placas e distribuir Smpartphones a toda a população.

O colega de partido, João César Mattogrosso, criticou a fala de Salinero, dizendo que ele estava desconsiderando os deficientes visuais e os analfabetos, que seriam prejudicados se a proposta do vereador fosse levada adiante.

Mattogrosso ainda criticou outra fala de Salinero. “Não entendo essa política de fazer pressão para fazer alguém votar alguma coisa. Aceita que perdeu”.

Foi aí que a discussão entre os dois começou a ficar acalorada. Salinero se levantou e gritava. “Não coloque palavras na minha boca”.

O presidente da Câmara, João Rocha, interveio e tentou acabar com a discussão. “Entre pressão e impressão ficou a força de expressão; segue o fluxo”.

A sessão prosseguiu com a votação de outros projetos, mas, quase no fim, João César Mattogrosso voltou à carga e ocupou a tribuna para dizer que recorreu ao vídeo de gravação da sessão para provar que Salinero falou sobre a pressão. “Pedi o VAR”.

Salinero só respondeu: “João César Mattogrosso não tem mais nada importante para fazer”. A sessão foi encerrada sem que os tucanos voltassem a se falar.

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