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Política

CPI da Saúde discute relação comercial de médicos com empresas em MS

Zemil Rocha e Bruno Chaves | 22/08/2013 16:13
Lauro Davi disse que existe relação "promíscua" na área da ortopedia (Foto: Arquivo)
Lauro Davi disse que existe relação "promíscua" na área da ortopedia (Foto: Arquivo)

O presidente do Conselho Regional de Saúde de Mato Grosso do Sul (CRM), Luiz Henrique Mascarenhas Moreira, confirmou esta tarde, durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, que realmente existem casos de médicos que possuem relação comercial com empresas e representantes de produtos, como próteses e órteses.

Ao levantar o questionado sobre o tema, o deputado estadual Lauro Davi (PSB) afirmou que existe uma relação “promíscua” entre alguns profissionais de medicina e representantes de produtos da área ortopédica.

Luiz Henrique Moreira disse que há três anos o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma resolução que orienta os médicos a indicar órtese ou prótese baseado no “valor científico”, que deve ser seguida pelos profissionais. “Tem de ter produto que atenda necessidades de cada paciente. Se o médico indicar produto de marca ou produto mais caro, tem de justificar isso”, garantiu.

Segundo Moreira, trata-se de uma situação “difícil de evidenciar e poucos casos são identificados e apurados”. Se o relacionamento comercial for contatado, conforme o presidente do CRM, o profissional estará ferindo a ética médica e resolução do CFM. “Médico não pode usar profissão com fins mercantilistas”, declarou o dirigente.

Lauro Davi, que também é médico, disse que tem denúncias de que médicos ganham dinheiro com essa relação mercantil. “A população sabe disso. É de senso comum”, finalizou.

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