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Política

Delcídio vê foco político e promete processar quem o relacionar com escândalo

Lidiane Kober | 24/03/2014 18:31

O senador Delcídio do Amaral (PT) reagiu, nesta segunda-feira (24), por meio de nota, às reportagens que tratam da declaração do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB), que atribuiu ao petista a indicação de Nestor Cerveró, responsável pelo parecer favorável à compra da refinaria de Pasadena, que resultou num prejuízo de mais de US$ 1 bilhão à Petrobras. Ele vê foco eleitoreiro e prometeu processar quem o relacionar com o escândalo.

“Com a proximidade do período eleitoral e o claro objetivo de confundir a opinião pública, surgiram nos últimos dias matérias totalmente distorcidas e que, de forma insidiosa, pretendem associar meu nome a fatos aos quais não possuo qualquer vinculação ou responsabilidade, e que, só por má-fé e oportunismo político-eleitoral, estão sendo veiculadas em alguns órgãos da imprensa sul-mato-grossense”, disse Delcídio, via nota.

Ele destacou que, em 2006, época da compra da refinaria, “não ocupava qualquer cargo na Petrobras” e negou relação com a aquisição. “Não possuo qualquer participação ou sequer conhecimento do processo de aquisição da refinaria de Pasadena”, frisou. “Embora tenha trabalhado com boa parte dos atuais dirigentes da Petrobras, nunca indiquei qualquer pessoa para ocupar cargos de direção na empresa”, emendou.

Delcídio ressaltou ainda que projeto de implantação das termelétricas, desenvolvidos em sua gestão, trouxeram “lucro líquido de R$ 3,69 bilhões”. Ele ainda ameaçou processar veículos de comunicação. “Em função da gravidade dos ataques de que estou sendo vítima, determinei que sejam adotadas todas as medidas jurídicas para processar, nas esferas cível e criminal, os responsáveis por sua autoria e veiculação”, completou.

A polêmica – O nome de Delcídio foi relacionado à polêmica pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. O colega de Casa garante que Delcídio fez a indicação. "O Delcídio deve estar preocupado com relação à indicação, mas eu queria, de antemão, dizer que o Delcídio não deve ficar preocupado. O Delcídio certamente não indicou Cerveró para roubar a Petrobras", disse Renan, em tom de ironia. "Ele (Cerveró) ter ficado na Petrobras é imperdoável. O Delcídio tem de pedir a saída dele", defendeu Renan.

Anteriormente, o senador de MS tinha atribuído ao peemedebista a apadrinhamento de Cerveró, que assumiu o cargo de diretor internacional da Petrobras no início de 2003, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A compra da refinaria norte-americana aconteceu em 2006, quando a atual presidente da República, Dilma Roussef, era ministra-chefe da Casa Civil.

A aquisição da refinaria é investigada pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União, pelo Ministério Público e pelo Congresso, por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas. Segundo a Presidência da República, o conselho de administração da estatal baseou-se em um parecer que estava incompleto e continha informações falhas nos aspectos técnicos e jurídicos.

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