ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 23º

Política

Deputada protesta contra desocupação de lotes pelo Incra em MS

Zemil Rocha e Leonardo Rocha | 27/08/2013 14:37
Deputada Mara Caseiro pediu "bom senso" ao Incra nas suas desocupações (Foto: Arquivo)
Deputada Mara Caseiro pediu "bom senso" ao Incra nas suas desocupações (Foto: Arquivo)

A deputada estadual Mara Caseiro (PT do B) criticou a forma como o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) vem realizando desocupação de lotes da reforma agrária que foram “vendidos” pelos primeiros possuidores. “Precisa avaliar melhor e ter bom senso na hora de desocupar famílias desses lotes”, protestou a parlamentar, citando as duas retomadas de lotes que aconteceram há seis dias nos assentamentos Santo Antônio e Lua Branca, em Itaquiraí.

Com apoio de policiais da Cigcoe, o Incra entrou nas áreas e retirou as famílias sem avaliar caso a caso o que estava acontecendo. “Havia trabalhadores rurais que estavam há seis a dez anos no local, mesmo que ter documento de posse”, afirmou Mara Caseiro. “Melhor deixar na área quem produz do que expulsar e depois por alguém que não se sabe se vai produzir”, ponderou.

Um dos expulsos, segundo Mara, é um idoso de 68 anos, que passou mal ao ser retirado e “está entre a vida e a morte” em hospital. Para ela, foi uma injustiça já que aquele trabalhador rural estava há seis anos produzindo naquele lote.

Em aparte, o deputado Zé Teixeira (DEM) contrapôs-se a Mara Caseiro afirmando que não há que se analisar a situação com base na situação pessoal dos envolvidos, mas sim considerando-se a questão da legalidade. “Na reforma agrária quem compra esse lote, sabe que está cometendo ilegalidade”, afirmou o democrata.

Propôs que seja formada uma comissão para fazer vistoria nos assentamentos de reforma agrária de Mato Grosso do Sul. “Hoje 40% dos lotes já foram vendidos porque quem conseguiu a terra no Incra”, denunciou. “Reforma agrária aqui é política ideológica, que na prática não funciona”, acrescentou.

Citou como exemplo o Assentamento Itamarati, onde, conforme Zé Teixeira, a maioria dos lotes foi arrendada por um salário por mês. “E para tornar legal essa negociação formam associação e arrendam para terceiros”, apontou.

Nos siga no Google Notícias