Deputados apostam em reuniões e redes sociais nos últimos dias de campanha
Os deputados estaduais que buscam a reeleição ou irão disputar outro cargo no legislativo federal e executivo irão apostar em grandes reuniões e nas redes sociais para conseguir atrair o voto dos eleitores que deixam para escolher seus candidatos nos últimos dias de campanha.
O deputado Márcio Fernandes (PT do B) ressaltou que não existe uma estratégia definida nesta reta final, apenas a oportunidade de mostrar o seu trabalho já realizado por aqueles bairros e cidades de Mato Grosso do Sul. " É isso que o eleitor quer saber, o que você já fez", aposta o parlamentar.
O deputado Carlos Marun (PMDB) ponderou que neste momento o importante é pedir apoio dos companheiros e equipe para que cada um se empenhe mais no pedido do voto. "Temos que continuar nossas reuniões, carreatas e visitas aos municípios".
Cabo Almi (PT), por sua vez, vai intensificar a divulgação na imprensa, reuniões na sua base eleitoral e foco na campanha em Campo Grande. "Fiz várias reuniões no interior, mas a prioridade agora é a Capital, só no sábado (27) fiz 26 reuniões, trabalho intenso". Lídio Lopes (PEN) também vai focar, nos últimos dias, em em ações nas empresas, assim como o contato com seu público cativo. "Já rodei os 79 municípios, fiz a minha parte".
Mara Caseiro (PT do B) prefere apostar nas redes sociais, com campanha para mostrar o trabalho e convencer os indecisos. "Durante estes meses (campanha) fiz muitos eventos corpo a corpo, estive presente em reuniões e caminhadas pelo Estado, vamos agora contar com as mídias sociais".
Campanha difícil - Os deputados também reclamaram que nesta campanha vários fatores tornaram a busca pelo voto mais díficil do que em outras edições. Eles alegaram que as regras cada vez mais rígidas, prejudicaram a divulgação do candidato, assim como a própria recepção do eleitor, que está cada vez mais "desiludido" e "desacreditado" com a política.
"Estamos em um período difícil para atividade política, população está descontente pelas denúncias em todo país, por isso apenas peço que critérios para decidir o voto", afirmou Junior Mochi (PMDB). De acordo com ele, depois de escolhido o representante, não adianta mais reclamar.
Marun também citou que em 30 anos de Mato Grosso do Sul, nunca presenciou uma eleição tão parada e sem movimento. "Uma campanha sem alegria, temos que recuperar a política, assim como diminuir regras que só atrapalham a todos". Amarildo Cruz (PT) citou uma reforma política como solução para este cenário. "Estamos sendo ignorados pela população, é preciso alterações para as próximas eleições".
Recursos - Os deputados também destacaram que os recursos foram abaixo do esperado, tanto que os gastos nas ruas e nos bairros são pequenos, perto de outras eleições. "O que nos foi prometido ficou abaixo do esperado, tanto que tivemos que correr atrás para cumprir os compromissos", disse Pedro Kemp (PT).
Lídio Lopes (PEN) e Mara Caseiro (PT do B) também reconheceram que os repasses esperados pela coligação, não foi o combinado, mas que resta a cada um correr atrás do prejuízo. "Tivemos que andar mais, correr atrás do voto com mais intensidade, estas dificuldades (financeiras) ainda tornam esta eleição muito desigual", disse o deputado.
Márcio Monteiro (PSDB) ponderou que a campanha atípica e que os baixos custos de campanha sirvam para "aperfeiçoar" este processo democrático. "Além de uma nova campanha, temos que solicitar que o eleitor avalie os candidatos, antes de escolher suas opções".
