Deputados e servidores batem boca em debate sobre Cassems
Grupo foi à Assembleia pedir auditoria em serviços, mas deputados reagiram evidenciando qualidade de hospital
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi palco de um acalorado debate sobre a Cassems, com servidores exigindo auditoria nos serviços da instituição devido a dificuldades de acesso a atendimentos complexos. Enquanto deputados, como Zeca do PT, defendiam a qualidade do atendimento, críticas e vaias dificultavam a comunicação. O deputado Paulo Corrêa enfrentou forte oposição ao apoiar a gestão da Cassems, sugerindo que os insatisfeitos poderiam optar por outros planos de saúde. Jader Fabiano da Silva Bruno, presidente da ABCassems, destacou a necessidade de melhorias nos serviços, como o fornecimento de homecare para pais idosos de servidores, e pediu apoio dos parlamentares para atender as demandas da categoria.
A temperatura subiu esta manhã na Assembleia Legislativa após um grupo de servidores levar faixa e pedir auditoria nos serviços da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de MS). Eles apontam dificuldade no acesso a serviços mais complexos. Enquanto deputados defendiam a qualidade do atendimento, as vaias dificultavam até a compreensão da fala dos parlamentares.
Zeca do PT disse que conferiu pessoalmente a eficiência dos cuidados do hospital, informando que esteve nesta semana na unidade de Campo Grande para visitar a filha, internada na instituição. Na sequência, revelou ter conhecido médicos interessados em ampliar os serviços de cardiologia na entidade e afirmou que se esforçará para obter emendas federais, com apoio dos deputados Camila Jara e Vander Loubet, para repassar entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões por ano à especialidade.
O parlamentar não deixou claro se o repasse atenderia somente conveniados ou se seria destinado a credenciar o hospital ao SUS (Sistema Único de Saúde). A Santa Casa é a instituição credenciada para cirurgias cardíacas em crianças e adolescentes, e a oferta do serviço chegou a entrar no radar do Ministério Público diante da existência de lista de espera e do elevado risco de morte.
Paulo Corrêa foi quem mais enfrentou vaias e críticas ao defender a gestão da Cassems. Ele sugeriu que os insatisfeitos seriam minoria e poderiam buscar outro plano de saúde, uma vez que a associação não era obrigatória, ficando à escolha dos servidores públicos. Em meio à dificuldade de se fazer ouvir, o deputado ainda propôs que a Casa filtrasse as pessoas autorizadas a discursar na Assembleia, com base na condição moral, diante do "enfrentamento ideológico" que se trava no ambiente político. Em determinados momentos, Pedro Kemp (PT), que conduzia a sessão, precisou intervir para pedir que os ânimos fossem acalmados.
Jader Fabiano da Silva Bruno, presidente da ABCassems (Associação dos Beneficiários da Cassems), falou sobre situações de limitação de serviços, como fornecimento de homecare para pais idosos doentes de servidores. Ele disse que o grupo foi à Assembleia em busca de apoio dos deputados porque há anseios que precisam ser respondidos. Ele pôde ocupar a tribuna mais ao final da sessão e defendeu seu histórico profissional, como policial, apontando que o legitimava a discursar na Casa. "A Cassems não tem esquerda, não tem direita, não tem centro", citou, emendando que o que tinha era servidores.