ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 22º

Política

Deputados rejeitam urgência para projeto sobre reforma da previdência

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 10/10/2017 11:19
O deputado Amarildo Cruz disse que a bancada do PT na Assembléia não aceitará regime de urgência para o projeto de reforma previdenciária estadual (Foto: AL/Divulgação)
O deputado Amarildo Cruz disse que a bancada do PT na Assembléia não aceitará regime de urgência para o projeto de reforma previdenciária estadual (Foto: AL/Divulgação)

O anúncio feito pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de que a Reforma da Previdência em Mato Grosso do Sul é a sua atual prioridade, para entrar na pauta do Governo do Estado a partir da próxima semana, foi o foco das discussões nesta terça-feira, 10, na Assembléia Legislativa.

Azambuja antecipou que a preocupação é o déficit de R$ 1,2 bilhão e por isso buscará o equilíbrio das contas com o aumento da contribuição do servidor e do Estado. Só não revelou quais serão as novas alíquotas. Atualmente, a contribuição do servidor é de 11% e a patronal 22%.

Ouvidos pelo Campo Grande News, vários deputados manifestaram o desejo de que a proposta do governador não tenha caráter de urgência e que antes de ser levada à votação seja amplamente debatida na Assembléia Legislativa, incluindo a participação dos servidores públicos.

“Definitivamente é um assunto que deve ser debatido com calma, sem nenhuma pressa, e vai depender do que mudará para o trabalhador estadual. Devemos ouvir a sociedade sobre o tema, e assim buscar o meio termo entre o que querem servidor e governo”, afirmou o deputado Maurício Picarelli (PSDB).

Para o deputado Amarildo Cruz (PT), é um equívoco enviar para a Assembléia Legislativa um projeto de reforma previdenciária estadual quando a questão não está resolvida em nível nacional.

“Mato Grosso do Sul não é um estado isolado do resto da Federação para tomar decisões antes da União. A bancada do PT não vai aceitar regime de urgência, e quando o projeto do governo chegar vamos querer debates e audiências pública sobre o tema”, declarou Amarildo Cruz.

O deputado Paulo Siuff (PMDB) disse que para se sentir à vontade para votar um projeto de reforma da previdência será fundamental a presença do próprio governador Reinaldo Azambuja na Assembléia Legislativa para explicar as propostas de mudanças e apresentar dados.

“Regime de urgência, nem pensar. Temos que fazer discussões, e será importante a adesão de todos os setores envolvidos nos debates, e que o governo seja capaz de convencer os servidores”, afirmou Siuff.

Já o deputado Paulo Correa (PR), disse que a reforma é necessária para equilibrar as contas do governo. “As pessoas estão vivendo mais e por isso a contribuição tem que aumentar, do contrário no futuro as contas não vão fechar”, ressaltou.

“Neste momento não tenho como antecipar se serei a favor ou contra a proposta do governo porque antes preciso saber o que vai mudar e se realmente é preciso fazer mudanças”, disse Herculano Borges Daniel (SD).

Nos siga no Google Notícias