ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 18º

Política

Dono da JaGás diz que contrato emergencial foi encerrado por telefone

Kleber Clajus | 13/11/2013 12:28
Elton Crestani solicitou cópia de rescisão do contrato emergencial à Processante (Foto: Cleber Gellio)
Elton Crestani solicitou cópia de rescisão do contrato emergencial à Processante (Foto: Cleber Gellio)

O dono da JaGás, Elton Luiz Crestani, admitiu, em depoimento, hoje, à Comissão Processante da Câmara Municipal, que a empresa teve contrato emergencial com a Prefeitura de Campo Grande encerrado por telefone. Ele foi o segundo a depor no processo que visa confirmar denúncia de irregularidade em atos do prefeito Alcides Bernal (PP).

“Quando foi contratada a Mic Mar, alguém me ligou e disse que não era mais para eu fornecer”, contou Elton, que cobrou da comissão uma cópia da rescisão do contrato.

De acordo com o relator da Processante, vereador Flávio César (PT do B), não foi encontrado ao menos a publicação no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) do contrato emergencial da empresa, celebrado no dia 18 de março.

Emergencial - JaGás e Mic Mar disputaram o pregão presencial 001/2013, do qual a segunda foi declarada vencedora no dia 14 de março ao apresentar o menor valor, R$ 881,6 mil. No contrato estava previsto o fornecimento de aproximadamente 10 mil botijões de gás de 13 kg e 5,4 mil botijões de 45 kg.

“A empresa vencedora entrou com preço impraticável”, comentou Elton que entrou com recurso, o que resultou na paralisação do processo licitatório.

Com o valor questionado, a prefeitura decidiu contratar emergencialmente a JaGás para fornecer 9 mil botijões de gás de cozinha de 13 quilos e 5,4 mil de 45 quilos para a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), no valor total de R$ 101.977,00.

Advogado de Bernal, Jesus Sobrinho, ressaltou que os preços apresentados pelo JaGás em ambos os processos divergiram por se tratar de “procedimentos diferentes”. Isso porque no pregão a empresa apresentou, por exemplo, valor de R$ 34,40 para botijões de 13kg e R$ 38 na contratação emergencial.

“Cada um tem seus custos”, justificou Elton ao citar que o valor de mercado na época era de R$ 50.

Empresa – Sobre a sede da empresa, o dono da JaGás demonstrou desconhecer o próprio endereço. “Rua Estevão de Mendonça, 508, pode ser?”, disse a Processante. Ele ressalvou que a empresa existe há 10 anos e o contrato emergencial foi o primeiro a ser firmado com a prefeitura.

Nos siga no Google Notícias