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Política

Em 4 anos, deputado estadual ficou R$ 9,3 milhões mais rico

Ludyney Moura | 08/07/2014 10:50
Zé Teixeira, do DEM, é o deputado mais rico da Assembleia Legislativa (foto: Divulgação/ALMS)
Zé Teixeira, do DEM, é o deputado mais rico da Assembleia Legislativa (foto: Divulgação/ALMS)
Já o médico George Takimoto, do PDT, é o "mais pobre" entre os colegas. (Foto: Divulgação/ALMS)
Já o médico George Takimoto, do PDT, é o "mais pobre" entre os colegas. (Foto: Divulgação/ALMS)

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) registrou aumento de 48% no número de sul-mato-grossenses postulantes a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado. Este ano são 396 concorrentes pelas 24 vagas em aberto.

O candidato eleito terá direito a uma remuneração mensal de R$ 20.025,00 por quatro anos, ou seja, durante o mandato o deputado recebe quase R$ 1 milhão, apenas de salário (pouco mais de R$ 960 mil). No periodo, há um deputado que ficou R$ 9,3 milhões mais rico no período.

Dos 24 deputados estaduais, 18 estão disputando a reeleição. Dados do TRE apontam que o democrata Zé Teixeira, que também é produtor rural, apresentou a maior evolução patrimonial desde o registro feito em 2010 até os documentos apresentados no último sábado (5).

Em 2010 o parlamentar do DEM declarou R$ 5,1 milhões, já em 2014 a declaração foi de R$ 14,4 milhões, um acréscimo de mais de 180%. De acordo com o sistema responsável pela divulgação das candidaturas (Divulgacand), o aumento no patrimônio de Teixeira é resultado da aquisição de fazendas em alguns municípios do interior de Mato Grosso do Sul.

Do outro lado da tabela dos “endinheirados” está o pedetista George Takimoto, que em 2010 declarou uma relação de bens que chegava a R$ 184 mil, e este ano apresentou patrimônio de R$ 89 mil. Em quatro anos, o deputado, que é médico, ficou quase R$ 100 mil “mais pobre”.

Outro que apresentou decréscimo no patrimônio foi Maurício Picarelli (PMDB), que este ano busca seu oitavo mandato consecutivo. Em 2010 ele tinha R$ 775 mil em patrimônio, contra R$ 727 mil este ano.

Os deputados Cabo Almi (PT) e Mara Caseiro (PtdoB), não declaram renda ao Tribunal em 2010, e em 2014 o patrimônio registrado foi de R$ 517 mil para o petista e R$ 2,4 milhões para a parlamentar.

Ficam fora da lista de milionários apenas os deputados Laerte Tetila (PT), que saltou de R$ 63,4 mil em 2010 para R$ 392 mil este ano, Lídio Lopes (PEN), que tinha R$ 200 mil de patrimônio há quatro anos contra R$ 550 mil hoje (Lídio ocupou, em janeiro de 2013, a vaga deixada por Paulo Duarte, PT), e Lauro Davi, hoje no PROS, que declarou em 2010 a relação de bens que chegava a R$ 262 mil e hoje chega a R$ 376 mil.

Segundo os dados informados à Justiça Eleitoral, boa parte dos parlamentares se tornou milionária no decorrer do mandato, iniciado em 1 de janeiro de 2011 e que acaba no próximo dia 31 de dezembro de 2014.

É o caso dos peemedebistas Eduardo Rocha, que saltou de R$ 602 mil para R$ 1,7 milhão, Marquinhos Trad, que tinha R$ 814 mil na relação de bens divulgado pelo TRE e hoje tem R$ 1,2 milhão, e do líder do Governo na Casa de Leis e presidente estadual do PMDB, Junior Mochi, que apresentou em 2010 R$ 664 mil e no último sábado registrou um patrimônio de R$ 1,2 milhão. O petista Pedro Kemp também está nessa relação, já que em 2010 tinha R$ 907,7 mil e hoje seus bens declarados chegam a R$ 1,4 milhão.

Outros deputados também aumentaram seu patrimônio. O tucano Onevan de Matos saltou de R$ 2,9 milhões em 2010, para R$4,9 milhões este ano. Felipe Orro (PDT), ex-prefeito de Aquidauana, passou de um patrimônio declarado de R$ 1,09 milhão para R$ 1,6 milhão.

Paulo Corrêa (PR) também aumentou sua declaração de bens de R$ 1,8 milhão para R$ 2,8 milhões, praticamente o montante recebido de salário durante o mandato. O petista Amarildo Cruz (que assumiu a legislatura em janeiro de 2013 com a saída de Alcides Bernal, PP) também declarou acréscimo compatível com a remuneração recebida no período, uma vez que em 2010 tinha registrado R$ 1,3 milhão contra R$ 2,2 milhões este ano.

Márcio Fernandes (PtdoB) apresentou o mesmo valor nas duas eleições, R$ 1,4 milhão. E o último deputado a assumir a vaga na atual legislatura, em 30 de abril de 2013, Osvane Ramos, hoje no PROS, concorreu em 2010 com um patrimônio de R$ 1,3 milhão e este apresentou à justiça R$ 3,2 milhões em bens.

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