ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Política

Em 5 meses, Câmara acumulou 300 solicitações sem resposta de Bernal

Ângela Kempfer e Luciana Brazil | 06/06/2013 10:12

O desprezo da prefeitura de Campo Grande em relação às solicitações feitas pelos vereadores provoca reação na Câmara Municipal. A Procuradoria Jurídica da casa começou levantamento sobre a quantidade de requerimentos com pedidos de informações e indicações que até hoje estão sem resposta de Alcides Bernal.

Um estudo preliminar já indica que, pelo menos, 300 solicitações não foram atendidas. São questionamentos que, pela regra, devem ser respondidos em no máximo 30 dias.

Na lista de pedidos sem resposta está, por exemplo, um requerimento apresentado em março pelo vereador Elizeu Dionízio, solicitando ao prefeito Alcides Bernal informações sobre a nova contratada para realização dos serviços de limpeza das unidades de saúde de Campo Grande, a Mega Serv.

A empresa de pequeno porte, com capital de R$ 600 mil, abocanhou contrato de R$ 4 milhões. Nesse tipo de negociação, a vencedora deve ter faturamento igual ou superior ao montante pago pela prefeitura.

Na ocasião, o vereador apresentou 3 perguntas: Por que a contratação de uma empresa de outro município, e não da Capital? Cópia do contrato, bem como valores pagos à empresa? Qual o motivo do rompimento Total Serviços Gerais de Limpeza?

Além de demorar 3 meses para apresentar alguma justificativa, resposta da prefeitura chegou hoje, sem os esclarecimentos solicitados.

Boa parte dos requerimentos cobra informações sobre contratos duvidosos e tenta reunir dados sobre denúncias enviadas à Câmara contra a prefeitura.

O mesmo ocorreu antes da instalação da CPI do Calote. Os vereadores pediram cópias de contratos e documentação referentes aos pagamentos, mas o prefeito só repassou uma folha, com 4 linhas e a explicação simples: “Todos os contratos empenhos e respectivos pagamentos foram feitos com estrita observância da lei”

O mesmo ocorre com indicações. Vereadores encaminham pedidos feitos pela comunidade, como tapa buracos, limpeza, mas também não têm resposta.

O estudo da procuradoria será encaminhado à Comissão de Eficácia Legislativa e o presidente Elizeu Dionízio diz que pode chegar ao MPE. “Há requerimentos que venceram em março e até hoje não foram respondidos. Vamos encaminhar o levantamento ao Ministério Público e isso pode caracterizar improbidade administrativa e provocar o afastamento de secretários”.

Nos siga no Google Notícias