Em fórum na Argentina, prefeita firmará parceria com cidades da Rota Bioceânica
Associação será firmada no VII Foro de los Territorios Subnacionales entre Campo Grande, Jujuy e Iquique

Em viagem à Argentina, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vai consolidar a criação de uma associação entre três capitais regionais que integram a Rota Bioceânica: Campo Grande (Brasil), San Salvador de Jujuy (Argentina) e Iquique (Chile). Durante o encontro, ela também apresentará o aplicativo criado pela prefeitura para divulgar as potencialidades econômicas e turísticas das cidades que fazem parte do corredor. Adriane embarca nesta terça-feira (7) e retorna na sexta (10).
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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, participará do VII Foro de los Territorios Subnacionales del Corredor Bioceánico de Capricornio, em San Salvador de Jujuy, Argentina. Durante o evento, será consolidada uma associação entre três capitais da Rota Bioceânica: Campo Grande (Brasil), San Salvador de Jujuy (Argentina) e Iquique (Chile). O encontro, que acontece entre 8 e 10 de novembro, reunirá autoridades dos quatro países integrantes da rota. A prefeita apresentará um aplicativo desenvolvido pela Prefeitura de Campo Grande para divulgar potencialidades econômicas e turísticas das cidades participantes. O Estado de Mato Grosso do Sul será representado pelo vice-governador Barbosinha.
O evento, chamado VII Foro de los Territorios Subnacionales del Corredor Bioceánico de Capricornio, será realizado em San Salvador de Jujuy entre os dias 8 e 10 de outubro. O encontro reunirá autoridades dos quatro países que integram a rota (Brasil, Paraguai, Argentina e Chile), além de representantes do setor privado, da academia e de organizações da sociedade civil.
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Segundo Adriane, o encontro será fundamental para fortalecer a cooperação entre os municípios que compõem a rota. Ela viajará acompanhada por uma equipe técnica do Parque Tecnológico e da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).
“Estamos começando uma associação entre as três cidades mais importantes, fortalecendo políticas públicas nas áreas de logística, saúde e turismo. Assim, quando a rota estiver pronta, as cidades estarão preparadas”, afirmou a prefeita, no evento desta manhã (6), durante a entrega de equipamentos agrícolas na Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).
Segundo ela, o encontro também servirá para apresentar o aplicativo desenvolvido pela Prefeitura, lançado em fevereiro deste ano. A ferramenta tem como objetivo facilitar o acesso a informações sobre infraestrutura, rede hoteleira, gastronomia e setores estratégicos das localidades envolvidas na rota.
“Lá, nós vamos colocar à disposição das cidades esse aplicativo, que reúne todos os dados de Campo Grande e também abre espaço para adesão de outros municípios interessados na Rota Bioceânica”, explica a prefeita de Campo Grande.
Atualmente, Adriane Lopes é presidente do Comitê Gestor dos Municípios da Rota Bioceânica, também chamada Rila (Rota de Integração Latino-Americana). Ela representa todos os municípios dos quatro países que compõem o corredor. A posse ocorreu em novembro de 2023, durante o 4º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico Capricórnio, em Iquique, no Chile.
Da comitiva sul-mato-grossense, membros da Frente Parlamentar da Câmara Municipal, criada para acompanhar a implantação do Corredor Bioceânico, já partiram nesta segunda-feira (6). O grupo é formado pelo presidente da Casa, vereador Epaminondas Vicente Silva Neto (Papy, PSDB), e pelo vereador Maicon Nogueira (PP).
Os parlamentares farão o trajeto de carro, em uma expedição que pretende percorrer cerca de dois mil quilômetros em dois dias, saindo de Porto Murtinho, ponto de ligação da rota no Brasil. “Vamos numa expedição de carro. Saímos de Porto Murtinho e devemos percorrer aproximadamente dois mil quilômetros até a Argentina. Esta experiência é importante porque poderemos ter um conhecimento mais profundo daquilo com que estamos lidando”, afirmou Papy.
Reuniões – Durante a viagem, os governadores que fazem parte da Rota também terão reuniões para discutir o andamento das obras e questões de infraestrutura, economia e aduana. O governador Eduardo Riedel (PP) não participará do evento devido a compromissos em Mato Grosso do Sul. O Estado será representado pelo vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD).
Além da estrutura física da obra, que está avançando — como a ponte e a alça de ligação do lado brasileiro e 600 quilômetros no lado paraguaio —, temos questões importantíssimas para discutir, entre elas as aduaneiras e fitossanitárias. Essas discussões são fundamentais para que, quando a rota estiver concretizada, tenhamos desembaraçado os caminhos do Brasil até o Chile”, explicou Barbosinha.

Cerca de 14 prefeitos também participarão desta viagem, que, segundo Barbosinha, será essencial para discutir assuntos pertinentes a Mato Grosso do Sul. “A rota é econômica, mas também é turística, extremamente importante. É uma grande conexão do Brasil com a América Latina. Precisamos discutir infraestrutura, saúde, educação, segurança pública, além de restaurantes, hotéis e pontos de parada. A participação dos prefeitos é fundamental para que a rota seja um grande sucesso".

O titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, também participa do fórum. Ele informou que cerca de 40 pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e outras instituições integram uma missão acadêmica que viaja de ônibus até Jujuy.
“Os pesquisadores já têm uma série de projetos em andamento. Existem estudos na área de direito internacional, desenvolvimento de novas culturas e integração estrutural entre os países. Eles vão apresentar os trabalhos e participar das discussões entre as universidades envolvidas”, afirmou Verruck.
Ele também destacou que as reuniões envolvem comissões temáticas de alfândega, segurança e exportação. “Normalmente, depois da reunião de governadores, sai a chamada ‘Carta de Jujuy’, que sintetiza os encaminhamentos.”
De acordo com Verruck, o fórum servirá para avaliar o andamento das obras e dos investimentos. “O presidente do Dnit apresentou que a ponte termina em 2026, e o restante das obras na Argentina também está avançando. O setor privado tem participado ativamente, buscando investimentos na região. O fórum é essencial para ver em que ponto estamos e se conseguimos consolidar a rota no prazo de um ano".
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