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Política

Esposa de militar ligado a Olarte nega influência do marido na Prefeitura

Luiz Márcio Feliciano, o ex-prefeito Gilmar Olarte e Ronan Feitosa são ouvidos no TJMS

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 05/02/2016 11:26
Esposa de Luiz Mário no TJ, na manhã desta sexta (Foto: Marcos Ermínio)
Esposa de Luiz Mário no TJ, na manhã desta sexta (Foto: Marcos Ermínio)

Ana Maria Feliciano, esposa do militar da reserva Luiz Márcio dos Santos Feliciano, acusado de lavagem de dinheiro, disse, durante a audiência de instrução no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), na manhã desta sexta-feira (5), que o marido conhecia Gilmar Olarte (PP) da igreja que os dois frequentavam. Mas, negou que ele tinha influência para indicar pessoas na Prefeitura de Campo Grande.

A esposa do empresário depõe no lugar dele, uma vez que o marido alegou, anteriormente, insanidade mental. Os dois e o ex-assessor de Olarte, Ronan Feitosa, são réus em processo de lavagem de dinheiro e corrupção passiva decorrente da chamada Operação Adna (sigla da Assembleia de Deus Nova Aliança, igreja de Olarte).

Ainda segundo Ana Maria, Marcio Feliciano, que é militar reformado, teria feito pego uma "indenização do quartel" para comprar a camionete Mitsubish L200 Triton, cujo valor e data de pagamento não soube informar. O veículo, segundo ela, foi emprestado "somente algumas vezes para Olarte".

Marcos Alex questionou a depoente sobre quem teria comprado o veículo, com que frequência Marcio Feliciano ia à Prefeitura e se ele tinha cargo, perguntas que não foram respondidas por Ana Maria, a pedido do advogado de defesa.

A primeira audiência, realizada em 27 de novembro do ano passado, o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva ouviu as testemunhas de acusações, que também foram vítimas do caso, que ficou conhecido nacionalmente.

Na ocasião, as vítimas que testemunharam no processo, confirmaram as informações dos autos e alguns até choraram durante a sessão ao lembrarem as dificuldades que passaram após terem seus nomes negativados na praça, além de passarem a ser cobrados e, até, ameaçados por agiotas que estavam com cheques sem fundos.

Agora, será a vez do ex-prefeito ser ouvido no Tribunal. Na primeira audiêcia, apenas seu advogado de defesa, Jail Azambuja, acompanhou os depoimentos de acusação. O ex-governador André Puccinelli chegou a comparecer ao Tribunal, que teria sido arrolado com testemunha de defesa de Gilmar Olarte, mas foi dispensado minutos antes do início da sessão pela defesa do ex-vice-prefeito.

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