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Política

Ex-assessor do clã Bolsonaro impulsiona posts para André e PSDB vai à Justiça

Luciano Querido pagou para publicação de Puccinelli alcançar mais pessoas no Facebook

Jéssica Benitez | 22/07/2022 14:30
Luciano da Silva Barbosa Querido, ex-assessor de Carlos Bolsonaro, se meteu em mais uma confusão em MS (Foto: Reprodução das redes sociais)
Luciano da Silva Barbosa Querido, ex-assessor de Carlos Bolsonaro, se meteu em mais uma confusão em MS (Foto: Reprodução das redes sociais)

O PSDB sul-mato-grossense ingressou com representação contra o ex-assessor do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), Luciano da Silva Barbosa Querido. A denúncia é de que ele estaria impulsionando postagens do pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, ex-governador André Puccinelli (MDB), o que é proibido por enquanto pela Justiça Eleitoral.

Segundo alega a cúpula tucana, o ato caracteriza propaganda eleitoral antecipada. Conforme relataram na denúncia, no dia 25 de maio, o partido tomou conhecimento de que Puccinelli teria uma publicação impulsionada no grupo intitulado "Volta André", no Facebook. Após pesquisa, foram encontradas outras 27 postagens impulsionadas por Luciano.

Como o PSDB não conseguiu os dados de Luciano para além do que estava exposto na rede social, pediu, além da aplicação de multa, que o sigilo do perfil fosse quebrado. O desembargador Sergio Martins, após analisar os links que mostram as publicações, entendeu que o Facebook deveria fornecer as informações requisitadas.

O Facebook, por sua vez, atendeu ao pedido e o juiz José Eduardo Chemin Cury determinou que Luciano fosse citado via WhatsApp utilizando quatro números de celular fornecidos pelos administradores da rede social. Até o momento, a movimentação processual está parada. A defesa de Puccinelli também não se manifestou.

Ligação com MS - Esta não é a primeira vez que Luciano Querido se faz presente em algo de Mato Grosso do Sul. Em 2017, ele esteve no Estado e, após pedir ajuda financeira para, segundo ele, pagar a campanha do então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, o assessor foi demitido do gabinete do filho do presidente, local em que estava desde 2012.

À época, Bolsonaro se irritou com a atitude e negou que estava arrecadando dinheiro para pagar sua campanha. No entanto, de lá para cá, Luciano seguiu ocupando cargos na atual gestão. Em julho de 2020, foi nomeado presidente da Funarte (Fundação Nacional das Artes), mas foi exonerado após dois meses no cargo.

Um ano depois, foi aceito como coordenador de novos negócios na EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Em março deste ano, ele foi designado para o cargo de coordenador de divulgação e edição audiovisual para redes sociais, gerência de interatividade e interface digitais da presidência da EBC no Rio de Janeiro.

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