Falta de interesse de empresas trava licitação de parquímetros, diz Papy
Presidente da Câmara levantou hipótese de que os 12 anos de concessão podem ter afastado empresas da licitação

Há três anos sem o serviço de parquímetros, o centro de Campo Grande continua com a cobrança de estacionamento suspensa, enquanto a licitação para nova concessão do sistema permanece travada. A lei que autoriza a concessão já foi sancionada, mas o processo de licitação não avançou, e o presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), levantou a hipótese de que o desinteresse de empresas pode estar travando o andamento.
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Campo Grande completa três anos sem parquímetros e a licitação para uma nova concessão do serviço segue sem avanços. A lei que autoriza a concessão foi sancionada em abril de 2022, mas o processo não evoluiu, gerando reclamações de comerciantes que alegam prejuízos com a falta de rotatividade de vagas. O presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PSDB), afirmou que a autorização para licitar está com a prefeitura há dez meses. Especula-se que o desinteresse de empresas e o curto período de exploração, de 12 anos, possam estar entre os entraves. A prefeitura informou, em abril deste ano, que um novo projeto estava em ajustes e seria encaminhado à Câmara, porém, até o momento, não houve novas informações. Comerciantes pressionam pela retomada do estacionamento rotativo.
“Me falaram que talvez não teve interesse de algumas empresas e que eles iam reformular essa lei para criar alguns itens que possam atrair o mercado privado”, comentou Papy na manhã desta quinta-feira (29).
O vereador relembrou que um projeto já foi aprovado, mas que, até o momento, não houve movimentação por parte da Prefeitura. “Ela [a prefeita] já tem a autorização da Câmara pra licitar. Tá na mão dela 100%”, afirmou o parlamentar, lembrando que a autorização foi aprovada há cerca de 10 meses.
Ele pontuou que o tempo de exploração previsto pode ser um dos empecilhos. “Eram apenas 12 anos de exploração. E aí, pro investimento que se faz, às vezes é pouco pra você ter o retorno. As concessões normalmente são de 20 anos, 30 anos, e aí talvez tenha que rediscutir isso daí. Por isso, talvez, não tenham conseguido fazer a licitação”, disse o presidente da Câmara.
A última empresa a operar os parquímetros na cidade foi a Metropark Administradora Ltda. (Flexpark), cujo contrato teve início em março de 2002 e foi encerrado em março de 2022. A empresa administrava cerca de 2.458 vagas rotativas em ruas do quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e Padre João Crippa.
Em abril do ano passado, a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a lei que autoriza nova concessão do serviço à iniciativa privada. O texto previa a instalação de até 6,2 mil parquímetros, com possibilidade de expansão a bairros onde houver concordância de moradores e comerciantes. O contrato poderá ter duração de 12 anos, com prorrogação por igual período.
Entretanto, em abril deste ano, a prefeitura havia compartilhado com o Campo Grande News que um novo projeto para a implantação de parquímetros estava em ajustes com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e que, até o final daquele mês, seria encaminhado à Câmara Municipal. No entanto, até o momento, não houve uma nova movimentação.
Enquanto isso, comerciantes seguem pressionando pelo retorno do estacionamento rotativo. No início do ano, lojistas se reuniram em encontro virtual organizado pela CDL Campo Grande para cobrar providências. Eles afirmam que a falta de rotatividade nas vagas prejudica as vendas.
Em resposta à reportagem, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que o texto do projeto do estacionamento rotativo na região central segue em fase de elaboração e passando por ajustes técnicos para garantir que a proposta atenda de forma adequada às necessidades da cidade.
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