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Política

Frente à frente, Grito dos Excluídos e apoiadores de Bolsonaro protestam

Enfrentamento não teve confusão, apesar dos xingamentos de manifestantes pró Jair contra sindicalistas

Mayara Bueno, Kleber Clajus e Liniker Ribeiro | 07/09/2018 11:44
Integrantes do grupo do Grito dos Excluídos passam pelo Desfile de 7 de Setembro, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami).
Integrantes do grupo do Grito dos Excluídos passam pelo Desfile de 7 de Setembro, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami).

Pouco antes do término do Desfile do Dia 7 de Setembro, na Rua 13 de Maio com a Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, grupos contrários ficaram frente à frente durante a passagem do Grito dos Excluídos. Reforço policial foi chamado e, apesar dos xingamentos, não houve confronto maior.

O grupo formado por movimentos sociais, sindicatos, estudantes, adotou em 2018 o tema "Desigualdade gera violência, basta de privilégios". Eles vestiram uma camiseta em homenagem à professora Maria Ildonei Lima, 70 anos, encontrada morta na semana passada, na Capital.

A frase "A morte consegue roubar a presença dos que amamos, mas das lembranças que ficam nem ela pode nos separar" completou a homenagem.

Segundo Edivaldo Bispo Cardoso, integrante da comissão regional de Justiça e Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a maior violência é o momento atual vivido pelos brasileiros. "Para nós, cristãos, é o momento de retrocesso na democracia, que é a profunda violência contra mulheres, indígenas, quilombolas e sem-terra".

Grupo pró Jair Bolsonaro, do PSL, também protestaram. (Foto: Henrique Kawaminami).
Grupo pró Jair Bolsonaro, do PSL, também protestaram. (Foto: Henrique Kawaminami).
Policiais em uma espécie de cordão para separar manifestantes. (Foto: Henrique Kawaminami).
Policiais em uma espécie de cordão para separar manifestantes. (Foto: Henrique Kawaminami).

Já tradicional, ao fim do Desfile de 7 de Setembro, a passagem do Grito dos Excluídos. Este ano foi a 24ª edição. Nos cartazes, o pedido é para retorno dos direitos e o fim de privilégios.

Eles criticam também a gestão do presidente Michel Temer (MDB), que em seu governo adotou medidas como reformas trabalhista e previdenciária, além do congelamento dos investimentos, o que pode impactar diretamente a saúde, educação e assistência social.

Outro lado - Literalmente do outro lado da rua, os apoiadores do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegaram a chamar os sindicalistas que passavam pelo desfile de "assassinos", além de outros xingamentos.

O vídeo, disponível no fim do texto, mostra o momento em que os grupos ficaram frente à frente. A edição censura apenas frases com palavra de baixo calão.

Em cada lado, guardas municipais e policiais militares fizeram uma espécie de cordão para evitar eventual confusão entre os grupos. Por parte dos sindicalistas, o grito era em favor do ex-presidente da República Lula (PT).

As manifestações ocorrem um dia depois que Bolsonaro foi esfaqueado enquanto participava de ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O presidenciável está internado e, a informação mais recente, era que seria transferido para o Hospital Albert Einsten, em São Paulo (SP).

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