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Política

Indicação para a Casa da Mulher motivou vaias contra o prefeito

Aline dos Santos | 04/02/2015 14:39
Olarte foi vaiado em evento com a presidente Dilma. (Foto: Marcos Ermínio)
Olarte foi vaiado em evento com a presidente Dilma. (Foto: Marcos Ermínio)

As vaias que acompanharam o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), durante a entrega da Casa da Mulher Brasileira, que trouxe a presidente Dilma Rousseff (PT) ontem à cidade, foram resultante de uma briga interna pela gestão do local, que recebeu investimento de R$ 18,1 milhões.

Olarte e o deputado federal Vander Loubet (PT) eram contra a nomeação de Eloísa Castro Berro, que assumiu a gestão em nome do governo federal. O comando é compartilhado com a prefeitura da Capital. Como Eloísa é servidora municipal aposentada, o prefeito cogitou não autorizar a cedência, desconhecendo que a formalidade só é exigida para servidor da ativa.

Próxima à secretária de Enfrentamento à Violência da Mulher da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República, Aparecida Gonçalves, que é de Mato Grosso do Sul, Eloísa ficou com o cargo após também obter aval da primeira-dama do Estado, Fátima Azambuja.

Ontem, a plateia, formada por correligionários do PT e ativistas que apoiavam Eloísa, usou a vaia como protesto pela guerra travada nos bastidores.

Procurada pelo Campo Grande News, Eloísa não quis comentar a situação e preferiu falar do trabalho realizado pela Casa da Mulher, a primeira a funcionar no Brasil.

“Faço a gestão da Casa da Mulher, o restante não acompanhei nada. Só sei que a gestão é compartilhada e começou com todo o esforço do governo do Estado, governo federal e municipal. Sou coordenadora e integrante da equipe e queremos ser exemplo para o Brasil”, diz. Ontem, a Casa da Mulher Brasileira registrou 14 atendimentos.

Gilmar Olarte afirmou que as vaias foram feitas por um grupo político com intenção de lhe desestabilizar. “As vaias que ocorreram pela manhã foram patrocinadas por um grupo político para me desestabilizar e não vou me abater com isso”, disse.

O deputado federal Vander Loubet negou veto ao nome de Eloísa. No entanto, ele destacou que fez uma ponderação, de que todos os deputados estaduais, federais e senadores fossem consultados. "A única coisa que ponderei - e que pode ter confundido algumas pessoas - é que nossas bancadas estadual e federal e as lideranças do partido poderiam ter sido consultadas antes da definição do nome, pois é de praxe esse tipo de consulta quando se trata de cargos federais no estado, é comum nossa participação nesse tipo de escolha. Mas isso não significa que eu era contra. A Eloísa é um quadro do PT, foi secretaria de Estado quando governamos MS e tem capacidade política e técnica para ocupar essa função na Casa da Mulher Brasileira.", destacou, em nota.

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