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Política

Investimentos de telefônicas não acompanharam demanda, diz CPI

Leonardo Rocha | 02/07/2014 12:27
Presidente da CPI aponta que operadoras não investem de acordo com a demanda desde 1998 (Foto: Divulgação)
Presidente da CPI aponta que operadoras não investem de acordo com a demanda desde 1998 (Foto: Divulgação)

O presidente da CPI da Telefonia, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), revelou na sessão de hoje (02), na Assembleia Legislativa, que as operadoras de telefonia que atuam no Estado não fazem investimentos compatíveis com o aumento de clientes, desde 1998. Ele também apontou como insuficiente o número de antenas e torres para atender a demanda.

“Estes dados foram repassados para nossa equipe, isto demonstra a má qualidade do serviço e porque existem tantas reclamações sobre este setor, que lidera junto com os serviços financeiros o número de queixas dos consumidores”, apontou ele.

A CPI também levantou que no Brasil existem 55 mil antenas disponíveis para telefonia, enquanto que na Itália, que possui uma extensão territorial um pouco maior que Mato Grosso do Sul, são registradas 275 mil antenas para o setor. “As antenas disponíveis são insuficientes”.

Em relação as multas que foram aplicadas às operadoras, que segundo o Procon-MS, chegaram a R$ 4,6 milhões desde 2011, o presidente da CPI ressaltou que esta conta quem paga no final é o consumidor. “Nosso trabalho é justamente levantar estas informações e tomar providências para mudar este quadro, falta uma fiscalização mais efetiva”.

Confronto – O presidente da Assembleia, o deputado Jerson Domingos (PMDB), sugeriu a comissão parlamentar a contratação de um técnico, que seja especialista na área para confrontar e analisar os argumentos das operadoras, durante a investigação.

No entanto os integrantes resolveram que só vão utilizar os funcionários que já trabalham no legislativo, justamente para evitar gastos maiores. “Resta a sociedade civil fazer a sua parte e contribuir conosco, o próprio Procon-MS se prontificou em contratar consultoria técnica do setor, assim como assessoria jurídica”, frisou Marquinhos.

O presidente da comissão revelou que já existe um especialista com mestrado e doutorado da PUC de São Paulo, que será disponibilizado para os trabalhos. “Não vamos gastar com isto, estas melhorias no setor é um interesse de todos”.

Dificuldades – Entre as reclamações expostas na primeira audiência, estão as dificuldades encontradas no interior, em que a situação é pior do que em Campo Grande. “Poucas operadoras a disposição, sinal cai com mais frequência, existem 50 localidades que clamam por telefonia celular”.

Outra questão levantada, foi que apesar de 80% da telefonia ser pré-paga, e apenas 20% pós paga, e justamente com os clientes deste segundo plano que existem mais reclamações e ações movidas contras as operadoras.

Próximos passos – Amanhã (03), a CPI da Telefonia irá ouvir representantes do MPE e da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) para ter mais informações sobre as “queixas” dos consumidores, assim como procedimentos administrativos e jurídicos sobre o tema.

Depois, no dia 9 de julho, será a vez das operadoras Vivo, Claro, Oi e Tim participarem da CPI para esclarecer os motivos dos sinais fracos no Estado, se existem redes suficientes para atender a demanda, assim como as causas da dificuldade para os aparelhos atingirem os sinais e quanto foi investido no setor em Mato Grosso do Sul.

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