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Política

Irmãos empregam apadrinhados políticos

Redação | 20/07/2009 10:54

A contratação de apadrinhados políticos foi uma das principais vantagens oferecidas por irmãos empresários a vereadores de Dourados, afirma relatório da Polícia Federal sobre a Operação Brothers. O emprego seria, segundo a PF, uma contribuição para ajudar na manutenção do esquema criado para fraudar licitações.

As conversas entre os irmãos, interceptadas em 2008 e 2009, mostram várias situações em que eles são forçados a empregar em suas empresas pessoas indicadas por políticos douradenses.

Em uma das conversas, um liga para o outro perguntado se daria para acomodar três mulheres no distrito de Vila Formosa. A resposta é que seria possível, desde que cancelasse os homens já mandados "pelo gabinete".

Também há conversas em que os irmãos discutem como acomodar pessoas indicadas pelo ex-secretário de Governo Darci Caldo (preso no dia 7 e exonerado do cargo no dia 13). Também falam sobre os pedidos de emprego feitos pelo presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM), outro que foi preso pela PF e solto no dia seguinte.

Numa das ligações, um irmão dizao outro que tem que atender todos os pedidos de Sidlei, pois Darci Caldo já tinha avisado que o presidente da Câmara "cuidava" da região dos distritos de Formosa, Macaúba e Vila Vargas.

Segundo a PF, muitas ligações pedindo emprego eram feitas por uma servidora pública identificada como Ana. Em um dos telefonemas, Ana avisa Everaldo que ele precisa atender ao pedido "para não dar problema".

Pedidos de empregos foram feitos também pelo ex-secretário de Obras, Carlos Ióris, outro acusado de integrar as organizações criminosas.

De acordo com o relatório da Polícia Federal sobre as investigações, os irmãos atendiam à maioria dos pedidos de emprego "porque o acesso aos contratos se deu de forma fraudulenta e os servidores não só têm conhecimento de tal realidade como normalmente ajudaram os mesmos a vencer fraudulentamente as licitações", diz a PF.

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