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Política

JBS vai dar bens de R$ 743 mihões como garantia para liberar valores

Outra medida da CPI é incluir cláusula retomando o bloqueio de bens caso novo acordo não seja honrado

Aline dos Santos e Leonardo Rocha | 24/10/2017 12:25
Segundo Corrêa, minuta de novo acordo será levada ao juiz. (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Segundo Corrêa, minuta de novo acordo será levada ao juiz. (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Com o histórico de descumprir acordo, tornando-se, inclusive, alvo de CPI na Assembleia Legislativa, a JBS promete dar cinco bens, avaliados em R$ 743 milhões como garantia na ação judicial. Outra medida de proteção da comissão parlamentar de inquérito é incluir cláusula retomando o bloqueio de bens caso o novo acordo não seja honrado.

A CPI da JBS resultou em bloqueio de bens no valor de R$ 730 milhões. A ordem judicial, que incluía frigoríficos e contas bancárias, desencadeou protestos dos funcionários da empresa, que chegou a paralisar os abates e alegou dificuldade de fluxo de caixa. Na sequência, a Assembleia, a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e o setor jurídico da JBS costuraram acordo para que os bens entrem como garantia, liberando as contas.

Segundo o presidente da CPI, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), a minuta do acordo será finalizada e o documento assinado até amanhã. Depois, o termo será levado para o juiz que autorizou o bloqueio, a quem compete homologar a nova negociação entre a CPI e a empresa.

“Nesse acordo, a JBS vai colocar de garantia cinco bens, que juntos custam R$ 743 milhões”, afirma Corrêa, sem detalhar quais bens. Ainda conforme o parlamentar, em caso de descumprimento, o bloqueio dos R$ 730 milhões será retomado.

Vencida essa etapa, a JBS e a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) vão fazer contas para definir qual o valor a empresa deve ao governo, pois o montante de R$ 730 milhões é uma estimativa. Futuramente, também será apontada a forma de pagamento.

A CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias, nome oficial da comissão na Assembleia, foi criada após a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. Segundo eles, benefícios fiscais do Tares (Termo de Acordo de Regime Especial) eram trocados por pagamento de propina a governadores de Mato Grosso do Sul.

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