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Política

Na retomada dos trabalhos, aliados puxam críticas a Bernal por vetos

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 04/02/2014 11:10
Câmara começa a analisar os 73 vetos do prefeito. (Foto: Marcos Ermínio)
Câmara começa a analisar os 73 vetos do prefeito. (Foto: Marcos Ermínio)

Na primeira sessão de 2014, a Câmara Municipal voltou a bater de frente com o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Agora, os vereadores vão analisar os 73 vetos às emendas que tentaram emplacar no Orçamento da cidade. O descontentamento chegou até aos aliados do prefeito.

“Acho que cometeu equívoco, não contribui na tentativa de aproximar. Eu mesmo tive vetada uma emenda de casas populares no Dom Antônio, tem projeto mais social do que esse? Sou contra, tem que derrubar os vetos”, afirma Zeca do PT, integrante da base aliada de Bernal.

Líder do prefeito na Câmara, o vereador Marcos Alex (PT) diz que vai se dedicar à resolução das pendências. “Houve, neste caso, equívoco e incompreensão na hora de encaminhar as propostas. Alguém deve ter cometido alguma falha nessa discussão”, justifica.

Depois de começar 2013 como candidata de Bernal à presidência da Câmara e, no decorrer do ano, migrar para a oposição, Rose Modesto (PSDB) avalia que o prefeito penaliza a sociedade ao barrar suas emendas. “Não fiz as emendas para minha família, está vetando o direito da comunidade”, diz. A vereadora apresentou emenda do Bolsa Universitária municipal e destinada a asfalto para o Jardim Aero Rancho. “Faz 30 anos que estão esperando essa melhoria”.

Integrante da ala da oposição, Carla Stephanini (PMDB) cobra que o prefeito justifique os vetos. “Parece que quer manter intocável o tapa-buracos”. Bernal vetou a transferência de R$ 195,5 milhões da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), incluindo recurso da operação “tapa-buraco”, para outros investimentos como asfaltamento de bairros e construção de casas populares.

De acordo com o presidente da Câmara, Mário César (PMDB), a tendência é que os vereadores derrubem os vetos do prefeito. Hoje, as emendas barradas serão apresentadas em plenário. Depois, os vetos serão avaliados pela Comissão Permanente de Orçamento e Finanças. Em seguida, vão ser apreciados pelos vereadores, que podem decidir pela manutenção ou derrubada. Segundo o prefeito, os vetos tiveram caráter técnico.

Barradas - Dentre as obras vetadas por Bernal, estão a construção de casas populares na região do bairro Dom Antônio Barbosa, no valor de R$ 2,5 milhões; construção de Centros Culturais na Cophavila II, Tiradentes e Jardim Los Angeles, no valor R$ 6 milhões; unidade de saúde 24 horas no Centro, no valor de R$ 600 mil; e a concessão de bolsa universidade de pós graduação, no valor de R$ 3,5 milhões.

Foram vetadas as propostas de pavimentação para 21 bairros: Tijuca, Nova Campo Grande, Jardim das Perdizes, Izabel Gardens, Nova Lima, Ouro Verde, Portal Caiobá, Moreninha 4, Nova Jerusalém, Nossa Senhora das Graças, Hortênsias, José Teruel Filho, Parque dos Girassóis, Pacaembu, Vila Bela, Aero Rancho I, II e III, Nasser, Residencial das Flores, Itamaracá, Santa Mônica e Cristo Redentor. Cada bairro receberia R$ 800 mil.

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