Negociação entre André e Fetems não evolui e 2011 pode começar sem aulas
Não evoluíram as negociações entre o governador André Puccinelli (PMDB) e representantes da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) durante última rodada de negociações sobre reajuste, ocorrida hoje à tarde na governadoria. Por conta disso, não é descartada a possibilidade de o ano letivo começar sem aula em 2011.
Os professores da rede estadual de ensino querem chegar em 2013 recebendo o piso nacional e trabalhando 20 horas. Atualmente eles ganham em média, R$ 1.750,00, numa escala de 40 horas.
É intenção da categoria que o governo aceite reajustar progressivamente os salários, para que no ano que vem ocorra aumento significativo que atinja 15%. Com isso, os professores almejam que o piso nacional seja conquistado já em 2013.

Puccinelli foi irredutível em relação ao aumento e argumentou que não pode ser leviano em combinar valores com a Fetems, para depois não honrar o compromisso. O governador frisou que uma alternativa seria corrigir as perdas referentes à inflação do período, concedendo assim um reajuste de 5,88%, acarretando um ganho a mais para a categoria, chegando ao patamar de 6%.
Jaime Teixeira, presidente da Fetems, levará a proposta à assembleia que acontece na próxima terça-feira (14), na sede do órgão. Mas ele já adianta que, dificilmente os professores aceitarão o aumento sugerido por André.
A possível paralisação de aulas no início do ano letivo de 2001 também será discutida na assembleia, a partir das 14h30 de terça.
No entanto, Puccinelli diz que aceita novamente retomar as negociações no dia 2 de abril, por meio de conversações a respeito do reajuste progressivo. O objetivo do governador é que a proposta comece a valer apenas em 2012 para que em 2014 o piso nacional seja atingido.
Pelo plano progressivo sonhado pelos professores, o reajuste proporcional passaria a vigorar em 2011, com o piso nacional já praticamente acertado para 2013, por 20 horas trabalhadas.