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Política

Nelsinho propõe debate sobre indenizações em tragédia da Chapecoense

Senador de MS diz que famílias das vítimas foram "desprezadas, desamparadas" pelas autoridades.

Humberto Marques | 10/05/2019 18:41
Nelsinho (à esquerda) propôs debate após ser procurado por familiares das vítimas de acidente. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Nelsinho (à esquerda) propôs debate após ser procurado por familiares das vítimas de acidente. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, Nelsinho Trad (PSD), propôs e viu o colegiado aprovar a realização de audiência para discutir a situação das famílias vítimas da tragédia do voo da Chapecoense, ocorrida há pouco mais de dois anos – quando a aeronave com a delegação do clube, que disputaria a final da Copa Sul Americana contra o Atlético Nacional de Medellín, na Colômbia, caiu em 29 de novembro de 2016, causando a morte de 71 pessoas.

O senador sul-mato-grossense alega que, desde então, não houve indenizações às famílias ou mesmo providências tomadas pelos países envolvidos – a aeronave pertencia a uma companhia aérea da Bolívia.

“Fui procurado recentemente pela associação dos familiares das vítimas do voo da Chapecoense e ouvi um relato estarrecedor, no sentido do total desprezo, desamparo, principalmente no que tange ao reparo, se é que ele existe, das indenizações e até mesmo de um conforto que as autoridades que estão envolvidas nessa tragédia, não só do Brasil, mas também de Bolívia e Colômbia, devem fazer”, afirmou Nelsinho.

Ele apresentou requerimento à CRE requerimento para realização da audiência a fim de tentar esgotar o assunto “e, mais do que isso, para que os familiares das vítimas do acidente possam ter os danos reparados”.

A aeronave da empresa Lamia deixou Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, rumo a Medellín, mas caiu em uma montanha pouco antes de pousar no Aeroporto José María Córdova. Nelsinho destacou que, na audiência, pretende buscar avanços com os países envolvidos acerca das indenizações. A data da reunião será agendada para os próximos dias.

Segundo o Estadão, a Chapecoense alega ter fechado acordo com 20 das 43 famílias que ingressaram com ações, e 13 das 27 ações trabalhistas resultaram em acordo. Porém, questões como o seguro da companhia aérea –cujo proprietário e piloto morreu no acidente, supostamente em uma tentativa de se economizar combustível– carecem de esclarecimentos.

Nelsinho lembrou que, além de jogadores, jornalistas e funcionários da Chape, como o roupeiro, estavam a bordo. O presidente do clube, Plinio David de Nes Filho, da Associação dos Familiares, Fabienne Belle, e representantes do Ministério da Cidadania e da Confederação Sul-Americana de Futebol devem participar do debate, assim como autoridades de aviação boliviana e colombiana.

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