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Política

No rastro de Bolsonaro, parlamentares de MS anunciam a saída do PSL

Questões burocráticas também serão consideradas antes de pedidos de desfiliação serem apresentados

Tainá Jara e Leonardo Rocha | 12/11/2019 10:56
Os deputados estaduais, Renan Contar e David de Oliveira, e o deputado federal, Luíz Ovando, vão sair do partido junto com o presidente (Foto: divulgação/Luciana Nassar e Câmara Federal)
Os deputados estaduais, Renan Contar e David de Oliveira, e o deputado federal, Luíz Ovando, vão sair do partido junto com o presidente (Foto: divulgação/Luciana Nassar e Câmara Federal)

Os parlamentares do PSL de Mato Grosso do Sul vão se retirar do partido, assim como o presidente Jair Bolsonaro afiirmou, nesta segunda-feira (11). No entanto, o rumo a seguir ainda é incerto. Bolsonaro planeja a criação de nova sigla, porém, o PSL promete pedir na Justiça o mandato dos parlamentares.

Eleito pela primeira vez em 2018, o deputado estadual Renan Barbosa Contar é incisivo quanto ao posicionamento. “Eu sigo o líder”, afirmou referindo-se ao presidente. Porém, Contar ainda tem dúvidas de como deve proceder em relação ao pedido de desfiliação do partido. “Tem que respeitar a janela do partido e verificar a forma de fazer isso sem prejudicar a sigla”, afirmou. O deputado diz ainda não ter sido convocado para participar de qualquer reunião do PSL.

O deputado federal Luiz Ovando não comentou sobre qual serão os procedimentos para seguir o presidente e classificou o anúncio como coerente. “Penso em acompanhar o presidente Bolsonaro. Apoio a saída porque fica difícil comungar dos valores defendidos pelos bivarianos”, afirmou se referindo aos defensores do presidente nacional da sigla, Luciano Bivar.

Para o deputado, a decisão do presidente e a saída de parlamentares não devem acabar com o PSL, mas motivarão reorganização entre os membros. “É hora do Diretório Estadual ativar as ações partidárias juntamente com o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional do PSL”.

O deputado estadual Carlos Alberto David sinalizou que deve fazer parte do partido a ser criado pelo presidente. "O Bolsonaro deve lançar novo partido, que seja forte e garanta a sua governabilidade. Eu vou seguir ele, porque na política e na vida deve ter gratidão e lealdade. Temos uma relação de 10 anos, que começou no campo profissional, pois ele sempre defendeu as pautas dos militares e policiais".

Na semana passada, o deputado já havia manifestado desejo de deixar a sigla. O histórico de desavenças com os companheiros do PSL, especialmente a presidente do diretório estadual do partido, senadora Soraya Thronicke, já sinalizavam para o posicionamento. 

Pela assessoria de imprensa, a presidente do diretório estadual do PSL, senadora Soraya Thronicke, afirmou que só irá se manifestar após a filiação do presidente ser confirmada.

A reportagem do Campo Grande News tentou contato com o deputado federal Loester Trutis, mas ele não se posicionou até o fechamento.

(Matéria alterada às 11h19 para acréscimo de informação)

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