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Política

Novo presidente da OAB diz que vai trabalhar para Fórum abrir o dia todo

Antonio Marques | 21/11/2015 18:28
O novo presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche, considera que a união da advocacia foi essencial para sua vitória (Foto: Gerson Valber)
O novo presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche, considera que a união da advocacia foi essencial para sua vitória (Foto: Gerson Valber)

O novo presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), Mansour Elias Karmouche, que assume no próximo mês de janeiro, disse que vai buscar o diálogo com o Poder Judiciário para que o atendimento ao público nos fóruns volte a ser das 8 às 18 horas e não só meio período, como é hoje.

Para Mansour, que concedeu entrevista ao Campo Grande News, é possível voltar atender o dia inteiro, “é algo possível de acontecer e vai favorecer toda a sociedade, não somente os profissionais da advocacia. Vamos buscar o diálogo com a magistratura”, destacou.

Outra meta de campanha a ser priorizada pela gestão é o combate à corrupção, algo que Mansour considera essencial para a manutenção da democracia. Para isso, ele pretende fortalecer a Comissão de Combate à Corrupção, para cobrar medidas efetivas do Poder Judiciário, que hoje é feito basicamente pelos órgãos de controle. “É papel da instituição zelar pela moralidade administrativa, obedecendo aos princípios constitucionais”, ressaltou.

Mansour Elias Karmouche disputou a eleição com outros cinco candidatos e obteve 352 votos a mais que o segundo colocado, totalizando 2.188 votos, contra 1.836 do colega Jully Heyder. O atual presidente da Ordem Julio César Souza Rodrigues obteve apenas 664, ficando na quinta colocação.

O presidente eleito considerou que venceu a democracia e que a advocacia mandou o recado claro, “quer a união e o resgate do prestígio da OAB”, observou Mansour, que pretende restabelecer o diálogo com a magistratura, considerado difícil em algumas comarcas, especialmente no interior do estado. “São problemas pontuais que vamos atuar para melhorar o relacionamento entre os juízes e os advogados”, reiterou.

Após a divulgação do resultado das eleições, no final do dia de ontem, 20, ainda nas dependências da OAB, em Campo Grande, Mansour conclamou todos os adversários para que se unissem a ele para fazerem “a melhor gestão da Ordem de todos os tempos. A advocacia é muito maior do que a pessoas. Conclamo a todos que participaram de forma íntegra e limpa na nossa instituição para que some conosco numa gestão democrática e para todos”, declarou.

Para Mansour, a Ordem está muito fragmentada e as eleições deste ano foi prova disso, quando seis chapas foram concorrentes no processo eleitoral. “Temos que promover a união da advocacia. Por isso, queremos fazer uma administração aberta, transparente e ouvindo os colegas”, afirmou.

Vice-presidente – Mansour faz parte da atual gestão de forma compartilhada, depois que parte dos membros fizeram renúncia coletiva dos suas funções. Ele disputou o cargo de vice-presidente e assumiu o cargo há um ano e meio. “Mantemos nosso posicionamento diante do atual presidente, procurando estabelecer uma atuação responsável. Essa experiência foi bem avaliada pelos colegas, conforme demonstrou o resultado das eleições”, comentou.

Mansour disse que estabeleceu um ritmo de trabalho em relação aos processos disciplinares que foi reconhecido pela advocacia. “Começamos restabelecer um diálogo mais franco com o judiciário e a promotoria. Conseguimos zerar os processos disciplinares na vice-presidência”, destacou.

Dentre as metas da nova gestão para dar maior celeridade ao trabalho do advogado, está a busca pela padronização de procedimentos de cartório, para melhorar a rotina e aumentar a celeridade nos serviços do cartório. Mansour citou o caso do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região do Rio de Janeiro, em que houve a padronização e melhorou muito o resultado.

Mansour lembra que sua gestão vai primar pela valorização profissional e a recuperação dos honorários será um dos pontos iniciais a ser tratado. “O advogado precisa recuperar seu prestígio”, afirmou.

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