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Política

Partidos dizem que adiar eleição é prudente e ajuda na campanha

Mudança do primeiro turno para 15 de novembro já foi acordada entre líderes partidários e TSE

Leonardo Rocha | 17/06/2020 12:00
Eleitor votando em Campo Grande (Foto: Paulo Francis - Arquivo)
Eleitor votando em Campo Grande (Foto: Paulo Francis - Arquivo)

Os pré-candidatos e representantes de partidos no Estado entendem que a mudança na eleição deste ano, de 4 de outubro para 15 de novembro, trata-se de uma medida “prudente”, em função do aumento de casos de coronavírus. Além disto, esperam que com alteração da data, possam fazer reuniões e eventos presenciais.

Foi realizada uma reunião ontem (16), em Brasília, onde houve um acordo entre líderes (partidários), TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e presidentes do Senado e Câmara Federal, para que o primeiro turno seja realizado em 15 de novembro e o segundo (turno) no dia 29 do mesmo mês. A questão precisa ser votada no Congresso Nacional.

“A mudança (data) é mais prudente, em função da situação da pandemia e ainda dá mais tempo para quem precisa fazer campanha e mostrar suas propostas e conversar com a população. Além disto, vai mudar os prazos do calendário eleitoral sobre as convenções”, disse o deputado Márcio Fernandes (MDB), pré-candidato a prefeito de Campo Grande.

Mesmo pensamento do deputado Pedro Kemp (PT), que também vai disputar o pleito na Capital. “Primeiro temos que pensar na saúde e preservar a vida das pessoas, e neste momento a pandemia está em crescimento. Com este adiamento teremos mais tempo, pois agora não podemos sequer fazer reuniões ou eventos”, explicou o petista.

Para o deputado José Carlos Barbosa (DEM), pré-candidato em Dourados, a eleição em outubro só ocorreria em “tempos normais”, no entanto neste momento a melhor opção é adiar. “Dourados por exemplo hoje é o epicentro da doença no Estado, portanto a mudança é salutar. Teremos uma eleição atípica em que os candidatos terão que se reinventar”.

O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente regional do partido, disse que esta mudança (data) se trata de uma medida “epidemiológica”, mas que ainda fica uma interrogação em relação a evolução da doença no Brasil. “Esta curva (contágio) precisa estabilizar até lá, mas entendo que teremos uma eleição diferente, com campanha usando os meios virtuais”.

Para Antônio Lacerda, presidente municipal do PSD, a melhor alternativa ainda seria manter o calendário atual. “Para isto teria que haver uma logística diferente na eleição, com medidas de segurança e prevenção nos locais de votação”, sugeriu.

A mudança nas datas eleitorais só vai ser oficializada, após votação de projeto no Congresso Nacional, pois é necessário alterar a Constituição Federal. A questão deve ser discutida em breve pelos deputados federais e senadores.



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